30.7.15

Com 70% de calouros, Brasil tem participação digna no Pan

Os XVII Jogos Pan-Americanos, encerrados domingo passado, mostraram algumas coisas para reflexão. Uma delas: a eterna potência chamada Estados Unidos deu ao Pan de Toronto uma importância maior do que em edições anteriores - afinal, muitos atletas americanos presentes no país vizinho foram medalhistas olímpicos ou em Mundiais em modalidades como atletismo e natação, o que não costuma acontecer (mesmo com o básico sendo composto por atletas jovens e com potencial para crescer). Outra: o Canadá, anfitrião, levou a coisa a sério como costuma acontecer com os países-sede de qualquer grande competição esportiva. Mais uma: Cuba sente a crise com seu pior Pan em muito tempo, enquanto a Colômbia cresce cada vez mais.
 
O Brasil? Bem, mesmo com 70% de atletas estreantes, segundo o Comitê Olímpico do Brasil, pode-se dizer que a participação foi digna - mesmo com as expectativas do COB, que esperava uma participação até melhor que a de 2011 (até hoje a melhor em um Pan fora do território brasileiro) lá no alto. A colocação (terceiro lugar) e o número de medalhas (141) até foram os mesmos de quatro anos atrás, em Guadalajara - embora o Brasil, desta vez, tenha ganho sete ouros a menos (41, com 40 pratas e 60 bronzes). Os Estados Unidos terminaram em primeiro, com 103 medalhas de ouro (265 no total), com o Canadá em segundo (78 ouros, 217 medalhas no total). Com cinco medalhas de ouro a menos que o Brasil (36 de um total de 97), Cuba terminou atrás dos brasileiros pela primeira vez em quase 50 anos em uma edição de Jogos Pan-Americanos - isso tinha acontecido pela última vez em 1967, também em território canadense (o primeiro Pan disputado em Winnipeg). A Colômbia terminou numa surpreendente quinta colocação, com 27 ouros (72 medalhas no total).
 
Entre os brasileiros, o grande destaque foi a natação, com direito a quebra de recorde de medalhas pan-americanas de Thiago Pereira (que chegou à marca de 23 em quatro edições) e a primeira medalha de ouro entre as mulheres (Etiene Medeiros, nos 100 metros costas), além de jovens destaques como Brandonn Almeida, ouro nos 400 metros quatro estilos e bronze nos 1.500 metros nado livre. Vale ressaltar a classificação da seleção de hóquei sobre a grama para a Olimpíada do próximo ano, com a inédita classificação às semifinais (terminou em quarto lugar), além dos ouros do basquete masculino (o primeiro título oficial da seleção em oito anos), do futebol feminino e do handebol masculino (terceiro ouro) e feminino (pentacampeão pan-americano).  
 
A grande preocupação ficou com o atletismo: das treze medalhas, apenas uma de ouro (Juliana dos Santos, nos 5.000 metros rasos). A preocupação se justifica pois a última vez em que o país-sede de uma Olimpíada não ganhou medalhas na modalidade foi em 1988, com a Coreia do Sul. Além disso, andam bem raros os destaques brasileiros no atletismo nos últimos anos. É algo que tem de ser melhorado urgentemente.

3.7.15

Tocha olímpica de 2016 é apresentada

Faltando 399 dias para a cerimônia de abertura dos Jogos da XXXI Olimpíada, foi apresentada nesta sexta-feira a tocha que será acesa no início do ano que vem na cidade grega de Olímpia, e abrigará a chama em um revezamento por todo o território brasileiro que se encerrará no Estádio do Maracanã, no dia 5 de agosto de 2016.
 
O desenho da tocha valoriza as formas naturais da cidade-sede dos próximos Jogos Olímpicos, e foi feito por uma agência de São Paulo, escolhida após processo nacional de seleção. A tocha tem como característica o fato de se abrir quando da passagem da chama a outra tocha: nas aberturas, as cores da bandeira nacional homenageiam a alegria e a natureza da sede do evento.

29.6.15

Rússia é a primeira vencedora dos Jogos Europeus

A Rússia terminou na liderança do quadro de medalhas da primeira edição dos Jogos Europeus, encerrados neste domingo em Baku, capital do Azerbaijão. Os russos ganharam 79 medalhas de ouro, 40 de prata e 45 de bronze (164 medalhas no total). Os anfitriões azerbaijanos terminaram na segunda colocação, com 21 ouros (56 medalhas no total), com a Grã-Bretanha em terceiro (18 ouros, 47 medalhas no total). A Alemanha terminou em quarto, com 16 ouros (66 medalhas ao todo), e a França, em quinto, com 12 ouros (43 medalhas no total). Dos 50 países participantes desta edição inaugural, 42 subiram ao pódio.
 
Os Jogos Europeus disputados em Baku tiveram 6 mil atletas, que disputaram medalhas em 28 modalidades esportivas - seis delas não olímpicas: basquete 3x3, caratê, futebol de areia, ginástica acrobática, ginástica aeróbica e sambô. As demais foram: atletismo, badminton, boxe, canoagem, ciclismo, esgrima, ginástica artística, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, judô (disputado também em versão paralímpica), lutas, nado sincronizado, natação, polo aquático, saltos ornamentais, taekwondo, tênis de mesa, tiro com arco, tiro esportivo, triatlo, vôlei e vôlei de praia.
 
Até então, o continente europeu era o único que não tinha ainda uma grande competição esportiva que reunisse seus países - os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Asiáticos são disputados desde 1951; os Jogos do Pacífico (que reúne os países da Oceania à exceção de Austrália e Nova Zelândia), desde 1963; os Jogos Africanos, desde 1965. Como toda competição inaugural, a primeira edição dos Jogos Europeus teve lá seus altos e baixos - o evento passou quase que inteiramente despercebido pela imprensa brasileira, por exemplo. Mas tem potencial para crescer posteriormente.
 
A próxima edição será em 2019, em cidade a ser definida.

1.4.15

Daqui a 100 dias, o Pan segue sua história

Faltam exatos cem dias para o início da 17ª edição dos Jogos Pan-Americanos, no próximo dia 10 de julho, no estádio Rogers Centre, em Toronto, no Canadá. Atletas de 41 delegações do continente americano disputarão medalhas em 36 esportes, espalhados pela província de Ontário.
 
O Brasil deverá levar a Toronto seu maior contingente a um evento realizado fora do país: cerca de 600 atletas, para lutar pela, ao menos, terceira colocação no quadro de medalhas.

24.3.15

Faltam 500 dias

Nesta terça-feira, 24 de março, faltam 500 dias para a cerimônia de abertura dos Jogos da XXXI Olimpíada - e, depois de um longo e tenebroso inverno, o Olimpismo está de volta, com novo visual. Ao longo dos próximos 17 meses, iremos reportar e comentar os preparativos da cidade do Rio de Janeiro para receber a maior festa do esporte mundial, e opinaremos sobre os grandes nomes e acontecimentos esportivos nesse período.