23.2.14

Até logo, Sochi. Agora, é com a gente

Foto: Reuters
Os XXII Jogos Olímpicos de Inverno se encerraram neste domingo, na cidade russa de Sochi, com uma certeza: os organizadores russos, assim como os soviéticos haviam feito em 1980, quando sua capital Moscou recebeu os Jogos da XXII Olimpíada, mostraram tanto sua capacidade de gastar fortunas (esta certamente será por muito tempo a Olimpíada mais cara da história) quanto de encantar - principalmente nas cerimônias de abertura e de encerramento, quando eles emocionaram, deram seu recado e até fizeram piada com eventuais erros que tenham cometido.
 
Tal capacidade foi premiada com a liderança geral no quadro de medalhas: 13 ouros, 11 pratas e nove bronzes levaram a Rússia ao topo, o que não acontecia desde 1994, nos Jogos disputados na cidade norueguesa de Lillehammer, quando os russos fizeram sua estreia como país independente - é a segunda vez consecutiva em que o país-sede termina na liderança do quadro de medalhas nos Jogos Olímpicos de Inverno, pois o Canadá o havia feito nos Jogos de 2010, em Vancouver. Com dois ouros a menos (26 medalhas ao todo), a Noruega terminou em segundo lugar; em terceiro, ficou o Canadá, com dez ouros (25 no total) - o último deles conquistado neste domingo, com o eneacampeonato olímpico no torneio masculino de hóquei sobre o gelo, o esporte nacional, com a vitória por 3 a 0 sobre a Suécia; a Finlândia ficou com o bronze, com a goleada por 5 a 0 sobre os Estados Unidos.
 
Ainda serão disputados neste ano os II Jogos Olímpicos da Juventude, em Nanquim (CHN) - mas, para os principais atletas do planeta, os olhos estarão voltados a partir de hoje para o Rio de Janeiro, que sediará os Jogos da XXXI Olimpíada, de 5 a 21 de agosto de 2016. Já os XXIII Jogos Olímpicos de Inverno serão disputados de 9 a 25 de fevereiro de 2018, em Pyeongchang (KOR).

13.2.14

Os destaques da primeira semana de competições em Sochi

Uma semana de competições se passou nestes XXII Jogos Olímpicos de Inverno, o suficiente para que boas histórias pudessem ser contadas. Abaixo, temos algumas das mais interessantes:
 
  • A grande sensação entre as jovens revelações desta Olimpíada foi a patinadora artística russa Yulia Lipnitskaya, de apenas 15 anos de idade. Com sua coreografia baseada na trilha sonora do filme A Lista de Schindler, ela fez uma apresentação fantástica que ajudou a Rússia a ganhar o ouro por equipes. Lipnitskaya é considerada a favorita no individual.
  • A família mais feliz destes Jogos vem de Montreal, no Canadá: as irmãs Justine e Chloé Dufour-Lapointe subiram aos lugares mais altos do pódio no esqui estilo livre, moguls, ganhando respectivamente ouro e prata. Ainda havia uma outra irmã, Maxime, que chegou às semifinais.
  • Lembram do fiasco do ucraniano Sergei Bubka no salto com vara na Olimpíada de 1992? Algo bem parecido ocorreu no snowboard halfpipe masculino em Sochi. Considerado o grande nome individual dos Jogos e bicampeão olímpico, o norte-americano Shaun White não conseguiu subir ao pódio depois de dois erros nas execuções dos saltos na final. Uma zebra acabou ganhando o ouro - o russo naturalizado suíço Iouri Podladtchikov, com dois japoneses completando o pódio: Ayumu Hirano, prata, e Taku Hiraoka, bronze.
  • Com seis medalhas de ouro, uma de prata e uma de bronze, a Alemanha lidera o quadro de medalhas após esta semana de disputas.

7.2.14

Sochi abre com grande festa sua Olimpíada de Inverno

Foto: AP
Em uma cerimônia de abertura que teve suas doses de emoção, apesar de algumas pequenas falhas no meio do caminho, a Rússia se exibiu ao mundo ao iniciar, no Estádio Olímpico Fisht, os XXII Jogos Olímpicos de Inverno. Esta é a primeira edição do evento a ser disputada em território russo, e também a primeira Olimpíada que os russos recebem desde os Jogos da XXII Olimpíada, em 1980, na sua capital Moscou.
 
Participam desta Olimpíada de Inverno um recorde de 88 delegações, seis a mais que na edição anterior, em Vancouver (CAN), no ano de 2010. Sete países fazem sua estreia em Sochi: Dominica, Malta, Paraguai, Timor Leste, Togo, Tonga e Zimbábue. Togoleses e zimbabuanos, aliás, formam com o Marrocos o trio de únicas nações africanas participantes destes Jogos. Além disso, a Índia disputa em Sochi sob a bandeira do Comitê Olímpico Internacional, já que foi suspensa em dezembro de 2012 por causa de problemas no sistema de eleição presidencial na Associação Olímpica Indiana.
 
Até o dia 23, cerca de 2.800 atletas disputarão medalhas em quinze modalidades - o Brasil conta com sua maior delegação na história olímpica de inverno (sua estreia foi em 1992, na cidade francesa de Albertville): treze atletas em sete modalidades.

4.2.14

Brasil cai em grupo complicado no Mundial de Basquete

Foram sorteados os quatro grupos do 17º Campeonato Mundial de Basquete, que será disputado neste ano na Espanha. E o Brasil, se foi salvo do vexame de ficar ausente pela primeira vez da competição graças ao convite da FIBA no sábado passado, não foi lá muito feliz no sorteio realizado nesta segunda-feira, em Barcelona. Caiu no grupo mais difícil do torneio, o A, com a anfitriã Espanha, além de França e Sérvia. Egito e Irã completam a chave.
 
O Brasil estreia no Mundial contra a França, no dia 30 de agosto. No dia seguinte, enfrenta o Irã; em 1º de setembro, joga contra a dona da casa. Em 3 de setembro, pega a Sérvia; e, no dia 4, encerra sua participação na primeira fase contra os egípcios. Os jogos da chave serão na cidade de Granada.
 
As 24 seleções foram divididas em quatro grupos de seis equipes cada. Elas se enfrentam dentro dos próprios grupos, com os quatro primeiros de cada chave se classificando às oitavas de final. Estes são os grupos da primeira fase:
 
Grupo A: Brasil, Egito, Espanha, França, Irã e Sérvia
Grupo B: Argentina, Croácia, Filipinas, Grécia, Porto Rico e Senegal
Grupo C: Estados Unidos, Finlândia, Nova Zelândia, República Dominicana, Turquia e Ucrânia
Grupo D: Angola, Austrália, Coreia do Sul, Eslovênia, Lituânia e México

1.2.14

Brasil é um dos convidados para o Mundial de Basquete

A FIBA (Federação Internacional de Basquetebol) anunciou as quatro seleções convidadas para a Copa do Mundo de Basquete deste ano, que será disputada na Espanha, de 30 de agosto a 14 de setembro. Além da Espanha (país-sede) e dos Estados Unidos (campeões olímpicos de 2012), dezoito países tinham se classificado através dos torneios continentais: Croácia, Eslovênia, França, Lituânia, Sérvia e Ucrânia, pela Europa; Coreia do Sul, Filipinas e Irã, pela Ásia; Angola, Egito e Senegal, pela África; Austrália e Nova Zelândia, pela Oceania; Argentina, México, Porto Rico e República Dominicana, pelas Américas.
 
Nesta última competição (a Copa América de Basquete disputada no ano passado, em Caracas), o Brasil fez uma das piores campanhas de sua história: quatro derrotas em quatro partidas e a eliminação na primeira fase. Contou para isso, entre outros fatores, a ausência dos brasileiros que disputam a liga norte-americana de basquete. Com isso, o Brasil se prontificou a candidatar-se a uma das quatro vagas por convite que a FIBA oferece a cada Mundial - em que são levadas em conta características como a tradição da modalidade em cada país e o comprometimento dos melhores jogadores em disputar o Mundial. Doze países (Bósnia-Herzegovina, Brasil, Canadá, Catar, Finlândia, Grécia, Israel, Nigéria, Polônia, Rússia, Turquia e Venezuela) eram os candidatos - outros três (Alemanha, China e Itália) retiraram suas candidaturas na última hora, pouco dispostos a pagar a taxa de 500 mil dólares pedida pela FIBA para a inscrição.
 
Neste sábado, em Barcelona, a instância máxima do basquete mundial anunciou as quatro seleções convidadas: a Turquia, atual vice-campeã mundial, e a Grécia, segunda colocada ao perder para os espanhóis a final de 2006, não surpreenderam - assim como o Brasil, apesar da péssima Copa América, visto o país marcar presença em todos os Mundiais desde a primeira edição, em 1950 (assim como os Estados Unidos), e sediar os Jogos Olímpicos em 2016. O que causou certo espanto foi o convite à Finlândia, país com pouquíssima tradição no basquete - é estreante em Mundiais, disputou apenas duas Olimpíadas (em 1952, quando sediou, e em 1964, sendo eliminada na primeira fase em ambas) e ficou em nono lugar no Europeu do ano passado. Pelo visto, dinheiro não anda faltando aos finlandeses amantes do basquete...
 
O sorteio dos grupos será na próxima segunda-feira.