21.1.13

Ciclismo: Ou moraliza, ou acaba de vez

Foto: Divulgação
A confissão do ex-ciclista Lance Armstrong de que chefiava um sofisticado esquema de dopagem que possibilitou a ele a conquista de muitos títulos, entre eles sete Voltas da França - ele próprio admite que seria impossível tal façanha caso estivesse limpo -, além da afirmação de que existe gente ainda mais graúda (incluindo dirigentes da União Ciclística Internacional) envolvida nesses casos e também de outros ciclistas, escandaliza e faz pensar. Será que o ciclismo anda tão corrompido assim, de forma que possa ser considerado muito difícil conquistar títulos importantes na modalidade limpamente, sem estar dopado?

O escândalo, dependendo do seu desenrolar, pode ser considerado o maior da história esportiva caso tais suspeitas de envolvido de dirigentes sejam comprovadas. E isso ameaça seriamente o futuro do ciclismo como esporte olímpico - é um dos poucos presentes desde a primeira edição da Era Moderna, em 1896. E pode respingar nos Jogos de 2016, no Rio: uma das maiores polêmicas da organização olímpica carioca diz respeito ao velódromo, que terá que seguir os padrões olímpicos - o atual, construído para o Pan de 2007, não serve para uma disputa olímpica e será transferido para outro estado.