31.8.12

Brasil bate mais um recorde mundial

Foto: London2012.com
A natação brasileira segue fazendo hsitória nos Jogos Paralímpicos de Londres. Nesta sexta-feira, André Brasil faturou a medalha de ouro e bateu o recorde mundial dos 50 metros nado livre, categoria S10, com o tempo de 23"16 - 42 centésimos à frente do segundo colocado, o canadense Nathan Stein, e 72 à frente do terceiro, o australiano Andrew Pasterfield. Foi o único ouro do país neste segundo dia de competições.
 
Mais duas medalhas foram ganhas por atletas brasileiros hoje, ambas no judô feminino: Lúcia da Silva Teixeira foi prata na categoria até 57 quilos, e Daniele Bernardes Milan foi bronze na categoria até 63 quilos.
 
No golbol, o Brasil foi derrotado na segunda rodada - tanto no masculino, perdendo por 5 a 4 para a Suécia, quanto no feminino, sendo goleado por 8 a 0 pela China. No futebol de cinco, o Brasil, que tenta o tricampeonato paralímpico, estreou empatando sem gols com a França. No vôlei sentado masculino, os brasileiros, bicampeões parapan-americanos, debutaram nesta competição derrotando Ruanda por 3 a 0 (25/5, 25/5 e 25/13).
 
Encerrado o segundo dia de competições, a China segue na liderança no quadro de medalhas, com 13 ouros (34 medalhas no total), com a Austrália em segundo (sete ouros) e a Ucrânia em terceiro (seis ouros). O Brasil está na nona colocação, com dois ouros, duas pratas e dois bronzes.

30.8.12

As primeiras medalhas paralímpicas do Brasil em Londres

Foto: AP
No primeiro dia de competições, o Brasil começou a mostrar sua força nesta 14ª edição dos Jogos Paralímpicos. A primeira medalha brasileira foi no judô, com o bronze obtido por Michele Ferreira na categoria até 52 quilos do feminino. Mas foi nas piscinas que os paratletas brasileiros consolidaram sua tradição, mais uma vez.
 
Nos 200 metros quatro estilos da natação, categoria S10, André Brasil ficou com a prata, com o tempo de 2'12"36 (o ouro ficou com o canadense Benoit Huot, recordista mundial com o tempo de 2'10"01; o bronze, com o australiano Rick Pendelton, com 2'14"77). Na prova dos 50 metros nado livre, categoria S5, o supercampeão Daniel Dias conquistou mais uma medalha de ouro - a primeira do Brasil nesta Paralimpíada - com novo recorde mundial: 32"05. A prata ficou com o espanhol Sebastián Rodríguez, com 33"44, e o bronze com o norte-americano Roy Perkins, com 33"69.
 
No torneio feminino de basquete em cadeira de rodas, o Brasil não teve uma boa estreia: derrota por 52 a 50 para a Austrália. Já as duas seleções de golbol estrearam com vitória: a masculina venceu a Finlândia por 6 a 5, e a feminina fez 2 a 0 na Dinamarca.
 
Passado o primeiro dia de competições, a China lidera o quadro de medalhas, com seis ouros, seis pratas e três bronzes. A Austrália, com três ouros (nove medalhas no total), é a segunda colocada, enquanto a anfitriã Grã-Bretanha é a terceira, com dois ouros (sete medalhas no total). Com um ouro, uma prata e um bronze, o Brasil ocupa a oitava colocação.

28.8.12

O movimento paralímpico volta a suas origens

Foto: London2012.com
Terá início nesta quarta-feira, com a cerimônia de abertura a ser realizada no Estádio Olímpico de Londres, a 14ª edição dos Jogos Paralímpicos, o maior evento esportivo para portadores de deficiência - seja ela física, mental ou sensorial. Ao chegar a terras britânicas, os Jogos retornam ao lugar cujo conceito teve suas origens.
 
Afinal, foi no final dos anos 40 do século passado, na cidade inglesa de Stoke Mandeville, que foram disputadas as primeiras competições entre cadeirantes, majoritariamente feridos da Segunda Guerra Mundial - a primeira edição dos Jogos de Stoke Mandeville, atualmente conhecidos como Jogos Mundiais Esportivos para Cadeirantes e Amputados, foi disputada em 28 de julho de 1948, véspera da abertura dos Jogos da XIV Olimpíada, na capital Londres. Era um torneio de tiro com arco com cadeirantes e apenas 16 atletas (14 homens e duas mulheres). A competição, inicialmente apenas britânica, tornou-se internacional com a participação de uma equipe holandesa em 1952. Oito anos mais tarde, em 1960, a nona edição dos Jogos Anuais Internacionais de Stoke Mandeville foi disputada em Roma, que havia sediado os Jogos Olímpicos pouco antes. A cada quatro anos, até 1972, os Jogos de Stoke Mandeville foram disputados no mesmo país dos Jogos Olímpicos (à exceção de 1968, quando o México declarou não ter condições e, por isso, a cidade israelense de Tel Aviv foi a sede), sempre apenas por cadeirantes. A edição de 1972 - disputada em Heidelberg, na Alemanha Ocidental - foi a primeira a contar com a participação do Brasil, e também a última vinculada aos Jogos de Stoke Mandeville, ganhando vida própria em 1976, em Toronto, no Canadá, quando estrearam os atletas amputados e deficientes visuais. No começo daquele mesmo ano, na cidade sueca de Örnsköldsvik, foi realizada a primeira versão para esportes de inverno.
 
Em 1984, os Jogos Internacionais para Deficientes (como o evento era chamado na época) foram divididos entre dois países, pela única vez até hoje: a britânica Stoke Mandeville, onde o paradesporto nasceu, recebeu os atletas cadeirantes com lesões na coluna, enquanto Nova Iorque, nos Estados Unidos, sediou as demais modalidades. Em 1988, foi cunhado o termo Jogos Paralímpicos para definir a maior competição mundial para atletas portadores de deficiência. Seul, na Coreia do Sul, que recebera a Olimpíada, sediou a Paralimpíada com sucesso. Dali em diante, os Jogos Paralímpicos seriam realizados sempre na mesma cidade em que foram realizados os Jogos Olímpicos.
 
Em setembro de 1989, foi criado o Comitê Paralímpico Internacional, instância máxima do paradesporto mundial. Ficou definido que os IX Jogos Anuais Internacionais de Stoke Mandeville, disputados em 1960, na cidade de Roma, foram os I Jogos Paralímpicos. Além de 1968, apenas em 1980 (em Arnhem, na Holanda) a Paralimpíada não foi disputada no mesmo país dos Jogos Olímpicos (naquele ano realizados em Moscou, na União Soviética). Mas os Jogos de Stoke Mandeville nunca pararam de ser disputados - ampliaram-se e são realizados até hoje, de forma bienal (sempre nos anos ímpares), ganhando itinerância - o Rio de Janeiro, que sediaria os Jogos Parapan-Americanos de 2007 e receberá a Paralimpíada de 2016, sediou o evento em 2005, o primeiro a contar também com a participação de atletas amputados.
 
Os XIV Jogos Paralímpicos começarão nesta quarta e irão até o dia 9 de setembro. Cerca de 4.200 atletas disputarão medalhas em 20 modalidades (atletismo, basquete em cadeira de rodas, bocha, ciclismo paralímpico, esgrima em cadeira de rodas, futebol de cinco, futebol de sete, golbol, halterofilismo deitado, hipismo, judô, natação, remo, rúgbi em cadeira de rodas, tênis de mesa, tênis em cadeira de rodas, tiro, tiro com arco, vela e vôlei sentado).
 
Na Paralimpíada de Pequim, em 2008, a China obteve o maior número de medalhas de ouro, com 89 (211 no total), com a Grã-Bretanha em segundo, com 42 ouros, e os Estados Unidos em terceiro, com 36 ouros. O Brasil, maior potência paralímpica entre os países latino-americanos, ficou em nono lugar, com 16 ouros, 14 pratas e 17 bronzes (47 medalhas no total). As expectativas dos paratletas brasileiros em Londres são boas, principalmente porque a edição seguinte será no Rio de Janeiro, de 7 a 18 de setembro de 2016.

12.8.12

Agora, é com o Rio

Foto: AFP
Com mais emoções, encerraram-se os Jogos da XXX Olimpíada, disputados na cidade de Londres. A última medalha do atletismo foi, como reza a tradição, na maratona masculina. Stephen Kiprotich, de Uganda, conquistou a segunda medalha de ouro olímpica da história do país (a primeira tinha sido em 1972, também no atletismo, com John Akii-Bua nos 400 metros com barreiras) ao ser o primeiro colocado, com 2:08'01". Dois quenianos completaram o pódio: Abel Kirui, com 2:08'27", e Wilson Kipsang Kiprotich, com 2:09'37". Os brasileiros fizeram sua melhor participação desde o bronze de Vanderlei Cordeiro de Lima em 2004: Marílson dos Santos foi o quinto; Paulo Roberto Paula, o oitavo; e Franck Caldeira, o décimo-terceiro.

A sorte não foi a mesma, contudo, no vôlei masculino: o Brasil chegou a ter duas chances de fechar o jogo e conquistar o ouro ainda no terceiro set. Mas a Rússia, que nunca tinha sido campeã olímpica no vôlei depois da extinção da tricampeã equipe soviética, decidiu jogar na hora certa para eles. Com uma atuação espetacular nos dois últimos sets, os russos foram merecidamente campeões com uma vitória por 3 a 2 (19/25, 20/25, 29/27, 25/22 e 15/9). O bronze ficou com a Itália, que derrotou a Bulgária por 3 a 1 (25/19, 23/25, 25/22 e 25/21).

No basquete masculino, os Estados Unidos conquistaram sua 14ª medalha de ouro em 17 participações olímpicas (só ficou de fora em 1980, por causa do boicote norte-americano aos Jogos de Moscou), com a difícil vitória por 107 a 100 sobre a Espanha, que endureceu a partida o quanto pôde. A Rússia ficou com o bronze, ao derrotar a Argentina por 81 a 77.

Mas o grande destaque deste último dia de competições foi a conquista de uma pentatleta brasileira: Yane Marques (foto), grande destaque nacional do pentatlo moderno, modalidade tão tradicional no mundo inteiro (está no programa olímpico há cem anos, desde 1912; as mulheres competem desde 2000) quanto quase que inteiramente desconhecida no Brasil, ganhou o bronze em Londres. O ouro ficou com a líder do ranking mundial, a lituana Laura Asadauskaite; já a prata, com a britânica Samantha Murray.

Encerrando a jornada olímpica em Londres, os Estados Unidos terminaram na primeira colocação no quadro geral de medalhas, com 46 ouros (104 no total). A China ficou em segundo, com 38 ouros (87 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 29 ouros (65 no total). A Rússia teve 24 ouros e a Coreia do Sul, 13. O Brasil acabou na 22ª colocação, com três ouros, cinco pratas e nove bronzes - o que dá um total de 17 medalhas, uma boa campanha do país, embora tenha tido seus altos e baixos. De todo modo, é a maior quantidade de medalhas conquistadas pelo país em uma única Olimpíada.

Agora é a nossa vez. Até 2016.

11.8.12

Vôlei feminino é a grande glória brasileira deste penúltimo dia

Foto: AP

Quando menos se espera, favoritismos se vão das maneiras mais amargas, assim como surpresas positivas fazem-nos viver momentos inesquecíveis. A delegação brasileira viveu esses dois momentos neste sábado, penúltimo dia de competições dos Jogos Olímpicos de Londres.

No Estádio de Wembley, a Seleção Brasileira de futebol buscava conquistar o único título que falta em sua galeria. Mas um gol sofrido aos 28 segundos de jogo pôs tudo a perder. Outro gol sofrido, desta vez na segunda etapa, e os brasileiros passaram a depender de um milagre contra os mexicanos. Já nos acréscimos, Hulk diminuiu para o Brasil, que pressionou em busca do empate, mas de nada adiantou: México 2 a 1. É a terceira prata para o futebol brasileiro em Jogos Olímpicos (somente no masculino; se contarmos também o feminino, a conta aumenta para cinco). O bronze ficou com a Coreia do Sul, que derrotou o Japão por 2 a 0.

Mas o vôlei feminino, mais uma vez, apareceu para compensar tal decepção. Jogando como francoatiradora contra a até então invicta seleção norte-americana, a equipe comandada por José Roberto Guimarães não viu a cor da bola no primeiro set. Mas, como num resumo da própria campanha brasileira nesta Olimpíada, em que começaram mal e foram melhorando no decorrer da competição, nossas meninas jogaram o fino para vencer por 3 a 1 (11/25, 25/17, 25/20 e 25/17) e conquistar o bicampeonato olímpico. Com isso, Guimarães tornou-se tricampeão olímpico como treinador (já tinha ganho no masculino em 1992, conquista cujo 20º aniversário foi comemorado anteontem). O Japão ficou com o bronze ao derrotar a Coreia do Sul por 3 a 0 (25/22, 26/24 e 25/21).

Quase deu para o pugilista Esquiva Falcão Florentino conquistar o ouro também no boxe - mas o japonês Ryota Murata, por apenas um ponto, foi campeão na categoria médio. A prata de Esquiva é o melhor resultado do país no boxe olímpico.

No basquete feminino, a Austrália ficou com o bronze ao vencer a Rússia por 83 a 74. Na grande final, os Estados Unidos garantiram o ouro com a vitória por 86 a 50 sobre a França. Esta foi a 41ª vitória consecutiva da seleção norte-americana feminina de basquete em Jogos Olímpicos - sequência iniciada na disputa do bronze de 1992, com os 88 a 74 sobre Cuba. A última derrota até hoje foi na semifinal daquele ano, 79 a 73 para a Comunidade dos Estados Independentes.

No atletismo, o grande destaque foi o revezamento 4x100 metros da Jamaica, novamente campeão e recordista mundial - Nesta Carter, Michael Frater, Yohan Blake e Usain Bolt assombraram novamente o planeta, desta vez com a marca de 36"84. Os Estados Unidos ficaram com a prata, com 37"04, e Trinidad e Tobago com o bronze, com 38"12.

Após este penúltimo dia, os Estados Unidos asseguraram a liderança no quadro de medalhas com 44 ouros (102 medalhas no total), com a China em segundo, com 38 ouros, e a Grã-Bretanha em terceiro, com 28 ouros. A Rússia tem 21 ouros e a Coreia do Sul está em quinto, com 13 ouros. O Brasil está em 21º lugar, com três ouros, quatro pratas e oito bronzes.

10.8.12

Vôlei brasileiro demonstra sua grande fase nos últimos dias olímpicos

Foto: AP
Mais uma vez, o Brasil disputará as duas finais do vôlei nos Jogos Olímpicos. No dia seguinte à classificação da seleção feminina para tentar o bicampeonato contra as favoritas norte-americanas, a equipe masculina também chegou à decisão graças à vitória sobre a Itália por 3 a 0 (25/21, 25/12 e 25/21). Enfrentará na decisão de domingo a Rússia, que tenta seu primeiro título olímpico depois do fim da União Soviética e derrotou em sua semifinal a Bulgária por 3 a 1 (25/21, 25/15, 23/25 e 25/23).

No basquete masculino, Estados Unidos e Espanha decidirão a medalha de ouro pela terceira vez na história das Olimpíadas - a segunda consecutiva. Os espanhóis, atuais bicampeões europeus, derrotaram a França por 67 a 59; já os norte-americanos, usando a cesta de três como sua maior arma, venceram a Argentina por 109 a 83.

No boxe, um fato histórico: pela primeira vez, um pugilista brasileiro irá a uma final olímpica. Esquiva Falcão Florentino derrotou na semifinal o britânico Anthony Ogogo e enfrentará o japonês Ryota Murata na final da categoria médio (até 75 quilos). Seu irmão Yamaguchi Falcão Florentino, porém, foi derrotado na semifinal do meio-pesado (até 81 quilos) pelo russo Egor Mekhontsev, garantindo o terceiro bronze olímpico do país na modalidade (o segundo só neste ano).

Faltando dois dias para o final destes Jogos Olímpicos, os Estados Unidos seguem na liderança do quadro de medalhas, com 41 ouros (94 medalhas no total), com a China em segundo, com 37 ouros (81 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 25 ouros (57 no total). O Brasil está em 28º lugar, com dois ouros, duas pratas e oito bronzes.

9.8.12

Mais um dia de ouro para Bolt e mais uma prata para o Brasil

Foto: Reuters
Os velocistas jamaicanos foram o grande destaque do dia nestes Jogos Olímpicos. Na final dos 200 metros rasos, Usain Bolt sagrou-se mais uma vez bicampeão olímpico - já o tinha sido nos 100 - com o tempo de 19"32, apenas dois centésimos acima de recorde olímpico. Repetindo a dobradinha da prova mais rápida do atletismo, Yohan Blake ficou com a prata, com 19"44. Mas a ilha caribenha fez a festa em Londres ao também conquistar o bronze, com Warren Weir, que fez o tempo de 19"84.

No vôlei de praia, a dupla brasileira Alison/Emanuel ficou com a medalha de prata, ao perder a final para os alemães Brink/Reckermann por 2 a 1 (23/21, 16/21 e 16/14). O bronze ficou com os letões Plavins/Smedins, que derrotaram os holandeses Nummerdor/Schuil pelo mesmo placar (19/21, 21/19 e 15/11). Na quadra, a final feminina será a mesma de quatro anos atrás: o Brasil venceu o Japão por 3 a 0 (25/18, 25/15 e 25/18) e tentará o bicampeonato contra a invicta e favorita seleção dos Estados Unidos, que ganhou o direito de lutar pelo inédito ouro ao derrotar a Coreia do Sul pelo mesmo placar (25/20, 25/22 e 25/22).

No basquete feminino, os Estados Unidos venceram a Austrália por 86 a 73 e tentará sua quinta medalha de ouro seguida contra a França, que alcançou sua primeira final ao derrotar a Rússia por 81 a 64. No futebol feminino, as norte-americanas conquistaram o tetracampeonato olímpico depois de vencerem o Japão por 2 a 1, na reedição da final do Mundial do ano passado. O Canadá foi bronze ao derrotar a França por 1 a 0.

Os Estados Unidos reassumiram a liderança no quadro de medalhas com 39 ouros, contra 37 da vice-líder China. A Grã-Bretanha é a terceira, com 25. Rússia e Coreia do Sul têm 12 ouros cada, mas os russos têm 21 pratas contra sete dos sul-coreanos. O Brasil ocupa a 26ª posição, com dois ouros, duas pratas e sete bronzes.

8.8.12

Tudo igual no grande clássico sul-americano

Foto: AFP
Brasil e Argentina se enfrentaram duas vezes nesta quarta-feira, em Londres. E cada um dos grandes rivais sul-americanos venceu em sua atual especialidade - contudo, deixando em seu adversário a esperança de dias melhores na modalidade em que está em período de recuperação.

No vôlei, o Brasil confirmou o favoritismo depois de um bom desempenho na primeira fase, ao derrotar os argentinos por 3 a 0 (25/19, 25/17 e 25/20). Aliás, este foi um placar recorrente nas quartas de final do torneio masculino de vôlei - todas as quatro partidas desta fase tiveram esse placar. Os brasileiros enfrentarão nas semifinais a Itália, que eliminou os favoritos Estados Unidos (28/26, 25/20 e 25/20). Na outra semifinal, a Rússia, que superou a Polônia (25/17, 25/23 e 25/21), disputará vaga na final contra a Bulgária, que superou a Alemanha (25/20, 25/16 e 25/14).

No basquete, os hermanos levaram a melhor, numa partida em que os brasileiros abusaram dos erros - principalmente nos lances livres, que se revelaram o nosso grande ponto fraco. Mas os argentinos tiveram méritos na grande quantidade de cestas de três pontos convertidas, que foram decisivas para a vitória por 82 a 77. A Argentina enfrentará na semifinal os Estados Unidos (que derrotaram a Austrália por 119 a 86), no jogo entre os dois últimos campeões olímpicos do basquete. A outra semifinal será entre Rússia (83 a 74 na Lituânia) e Espanha (66 a 59 na França).

O Brasil ganhou duas medalhas de bronze nesta quarta. No boxe feminino, Adriana Araújo teve confirmado seu bronze com a derrota na semifinal para a russa Sofya Ochigava, na semifinal do peso leve - esta foi a centésima medalha conquistada pelo Brasil em 92 anos de participação olímpica (no masculino, mais uma medalha está assegurada com a classificação de Yamaguchi Falcão Florentino às semifinais da categoria meio-pesado). No torneio feminino do vôlei de praia, a dupla Juliana/Larissa ficou na terceira colocação ao derrotar as chinesas Xue Cheng/Zhang Xi por 2 a 1 (11/21, 21/19 e 15/12). Na final, entre duplas norte-americanas, Walsh/May-Treanor sagraram-se tricampeãs olímpicas ao derrotarem Kessy/Ross (que eliminaram as brasileiras na semifinal) por um duplo 21/16.

Passado mais um dia de competições, a China segue na liderança do quadro de medalhas com 36 ouros (77 medalhas no total), seguida de perto pelos Estados Unidos, com 34 ouros (81 no total). A anfitriã Grã-Bretanha tem 22 ouros, seguindo na terceira colocação. A Coreia do Sul tem 12 ouros, um a mais que a Rússia, quinta colocada. O Brasil está na 25ª colocação, com dois ouros, uma prata e sete bronzes.

7.8.12

O vôlei feminino foi o destaque do dia

Foto: AFP
Sim, o futebol masculino chegou a sua primeira final olímpica depois de 24 anos, ao golear a Coreia do Sul por 3 a 0, em Manchester (no sábado, disputará o ouro contra o México, no Estádio de Wembley). Sim, o handebol feminino mostrou que tem forte potencial para brigar por medalha em casa daqui a quatro anos, ao perder por apenas 21 a 19 para a Noruega, atual campeã olímpica e mundial, nas quartas de final. Sim, a dupla Alison/Emanuel disputará a final do vôlei de praia depois de derrotar Plavins/Smedins, da Letônia, por 2 a 0 (21/15 e 22/20) - os atuais campeões mundiais enfrentarão na decisão a dupla alemã Brink/Reckermann. Mas nada superou em emoção para a participação brasileira nesta terça a espetacular vitória da seleção feminina de vôlei sobre a Rússia, atual bicampeã mundial, nas quartas de final por 3 a 2 (24/26, 25/22, 19/25, 25/22 e 21/19).

Pode-se dizer que o trauma da semifinal de Atenas, em 2004 - quando as brasileiras estavam por um ponto para se classificar à final ainda no quarto set (vencia por 24 a 19) e as russas viraram o jogo, numa das mais espetaculares reações de todos os tempos -, está definitivamente sepultado. Em Londres, as russas tiveram nada menos que seis match points no tie-breaker, mas desperdiçaram todos eles. As brasileiras tiveram um só, e foi o bastante para encerrar a partida. É o suficiente para afirmarmos que o Brasil renasceu nesta competição, em que correu seríssimos riscos de ser eliminado ainda na primeira fase. Nas semifinais, o Brasil enfrentará o Japão, que eliminou a China ao também vencer por 3 a 2 (28/26, 23/25, 25/23, 23/25 e 18/16), num jogo equilibradíssimo.

Na outra semifinal, os Estados Unidos, que com a eliminação russa passam a ser a única seleção invicta e grande favorita ao ouro inédito, após derrotarem nas quartas a República Dominicana por 3 a 0 (25/14, 25/21 e 25/22), enfrentarão a Coreia do Sul, que venceram a Itália por 3 a 1 (18/25, 25/21, 25/20 e 25/18).

6.8.12

Zanetti, o pioneiro

Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
Depois de mais de uma década de evolução entre os brasileiros e vários títulos mundiais, faltava apenas uma medalha olímpica para a ginástica artística consolidar sua presença no Brasil. E ela veio nesta segunda-feira: Arthur Zanetti se tornou o primeiro brasileiro medalhista olímpico na modalidade. E conquistou logo a de ouro, nas argolas - aparelho no qual é o atual vice-campeão mundial e pan-americano. O chinês Chen Yibing, que defendia o título, ficou com a prata; o italiano Matteo Morandi, com o bronze.

Vários outros esportes fizeram o dia brasileiro ser ainda melhor: o boxe brasileiro já tem em Londres seu melhor desempenho olímpico, com a classificação às semifinais dos pugilistas Esquiva Falcão Florentino (médio masculino) e Adriana Araújo (leve feminino). Como não há disputa de terceiro lugar no boxe, ao menos duas medalhas de bronze estão garantidas. O Brasil volta a ganhar medalha olímpica no boxe após 44 anos (em 1968, na Cidade do México, Servílio de Oliveira foi bronze no peso mosca).

No vôlei de praia, a dupla campeã mundial, Alison/Emanuel, classificou-se às semifinais ao derrotar os poloneses Fijalek/Prudel por 2 a 1 (21/17, 16/21 e 17/15). Já a dupla Ricardo/Pedro Cunha foi eliminada ao perder para a dupla alemã Brink/Reckermann por 2 a 0 (21/15 e 21/19). Na quadra, o Brasil terminou em segundo lugar no Grupo B ao vencer a Alemanha por 3 a 0 (25/21, 25/22 e 25/19). Nas quartas de final, segundo determinado pelo sorteio, os atuais tricampeões mundiais e vice-campeões olímpicos enfrentarão a Argentina, terceira colocada do Grupo A. As demais quartas serão Bulgária x Alemanha, Estados Unidos x Itália e Polônia x Rússia.

No basquete, o Brasil jogou bem e derrotou a Espanha, atual vice-campeã olímpica e bicampeã europeia, por 88 a 82, garantindo o segundo lugar do Grupo B. Como no vôlei, enfrentará a Argentina, terceira do A, nas quartas de final. Nas demais partidas da fase eliminatória, os Estados Unidos jogarão contra a Austrália, a Rússia enfrentará a Lituânia e a França reeditará a final do Campeonato Europeu contra a Espanha.

Depois de mais um dia de competições, a China segue na primeira colocação no quadro de medalhas, com 31 ouros (64 no total), com os Estados Unidos em segundo, com 29 ouros (63 no total), e a Grã-Bretanha em terceiro, com 18 ouros (40 no total). A Coreia do Sul tem 11 ouros e a França, oito. O Brasil ocupa a 22ª colocação, com dois ouros, uma prata e cinco bronzes.

5.8.12

Num dia em que Bolt dominou, mais uma medalha para o Brasil

Foto: Reuters
Mais uma medalha para o Brasil nesta Olimpíada: na baía de Weymouth, os velejadores Robert Scheidt e Bruno Prada conquistaram o bronze na classe Star. É a quinta medalha de Scheidt em Olimpíadas (ganhou dois ouros, ambos na classe Laser, em 1996 e 2004; e duas pratas, na Laser em 2000 e na Star em 2008), empatando com outro velejador, Torben Grael.

Mas o grande destaque deste domingo olímpico foi, mais uma vez, o velocista jamaicano Usain Bolt, bicampeão olímpico dos 100 metros rasos, com o tempo de 9"63 (novo recorde olímpico). A prata ficou com o atual campeão mundial da prova, o também jamaicano Yohan Blake (9"75), e o bronze com o campeão de 2004, o norte-americano Justin Gatlin (9"79). A etíope Tiki Gelana ganhou o ouro na maratona feminina, com o tempo de 2:23'07" (novo recorde olímpico).

No vôlei de praia, a dupla Juliana/Larissa foi a primeira brasileira a alcançar as semifinais nesta Olimpíada, ao derrotar a dupla alemã Goller/Ludwig por 2 a 0 (21/10 e 21/19). Na quadra, as atuais campeãs olímpicas chegaram a correr risco de entrarem em quadra já eliminadas, mas os Estados Unidos derrotaram a Turquia, que também lutava pela vaga, por 3 a 0 (27/25, 25/16 e 25/19). Depois, foi só o Brasil derrotar a lanterna Sérvia pelo mesmo placar (25/10, 25/22 e 25/16) para garantir vaga nas quartas, onde enfrentará a Rússia, com quem fez as finais dos dois últimos Campeonatos Mundiais (as russas se deram melhor em ambas). Outra quarta garantida foi entre Estados Unidos e República Dominicana. O sorteio entre os segundos e terceiros colocados dos grupos definiu que a Itália enfrentará a Coreia do Sul e a China enfrentará o Japão.

No basquete feminino, assim como aconteceu em 2008, o Brasil só foi vencer sua primeira partida na última rodada: 78 a 66 sobre a Grã-Bretanha. As quartas de final serão as seguintes: Estados Unidos x Canadá, França x República Tcheca, Turquia x Rússia e Austrália x China. Já no handebol feminino, o Brasil levou um certo sufoco no fim, mas derrotou Angola por 29 a 26. Como a Rússia empatou com Montenegro em 25 a 25, as brasileiras terminaram em primeiro lugar no seu grupo e enfrentarão a Noruega nas quartas. As outras partidas serão França x Montenegro, Croácia x Espanha e Coreia do Sul x Rússia.

A China retomou a dianteira no quadro de medalhas, com 30 ouros (61 medalhas no total). Os Estados Unidos têm 28 ouros; a Grã-Bretanha, 16; a Coreia do Sul, 10; e a França, 8 ouros. O Brasil está na 29ª colocação, com um ouro, uma prata e cinco bronzes.

4.8.12

Hora de o Brasil avançar

Foto: AFP
O Brasil teve mais destaques no coletivo do que nos valores individuais neste sábado. No atletismo, Fabiana Murer, atual campeã mundial do salto com vara, não passou da fase classificatória. Já no salto em distância masculino, Mauro Vinícius da Silva chegou à final, mas foi apenas o sétimo colocado.

Mas foi dentre as seleções que o Brasil foi melhor hoje. No basquete, os comandados de Rubén Magnano venceram a China com tranquilidade: 98 a 59. No futebol, os treinados por Mano Menezes tiveram dificuldades, mas derrotaram Honduras por 3 a 2, classificando-se às semifinais, onde enfrentarão a Coreia do Sul, que eliminou a Grã-Bretanha nos pênaltis. No vôlei (foto), a equipe de Bernardinho venceu a Sérvia por 3 a 2 (22/25, 25/15, 20/25, 25/22 e 15/9), praticamente garantindo sua vaga às quartas de final.

3.8.12

Mais duas bronzeadas para o Brasil em Londres

Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
Os atletas brasileiros tiveram um dia apenas regular nesta sexta-feira, em Londres. Nos esportes coletivos, um dia mais de derrotas para o país, apesar da manutenção da esperança de classificação da seleção feminina de vôlei, ao fazer 3 a 2 (25/16, 20/25, 25/18, 28/30 e 15/10) na China - mesmo assim, a situação das atuais campeãs olímpicas é difícil. No handebol feminino, o Brasil sofreu sua primeira derrota (Rússia 31 a 27), mas já está classificado para as quartas - se vencer a já eliminada Angola na última rodada da primeira fase e a líder Rússia não derrotar Montenegro, a seleção brasileira garante o primeiro lugar no grupo. Essa sorte quem não poderá ter é a seleção feminina de basquete: com a derrota para o Canadá por 79 a 73, o Brasil já está eliminado. Tampouco a terá a seleção feminina de futebol: nas quartas de final, o Brasil perdeu por 2 a 0 para o Japão, atual campeão mundial.
O Brasil ganhou duas medalhas de bronze hoje. No judô, Rafael Silva subiu ao pódio na categoria pesado (mais de 100 quilos). Na natação, foi realizada a final da prova mais rápida da modalidade, os 50 metros livre. Campeão em Pequim, há quatro anos, o brasileiro César Cielo era considerado o favorito, mas não esteve num bom dia - ao contrário do francês Florent Manaudou, o nadador mais rápido desta Olimpíada, com o tempo de 21"34. A prata ficou com o norte-americano Cullen Jones, com 21"54; Cielo foi bronze, com 21"59, apenas dois centésimos à frente do outro brasileiro da prova, Bruno Fratus, o quarto colocado.

Passados sete dias de competições, os Estados Unidos passaram à frente no quadro geral de medalhas, com 21 ouros (43 medalhas no total), um à frente da vice-líder China (42 medalhas no total). Em terceiro está a Coreia do Sul, com nove ouros; em quarto, a Grã-Bretanha, com oito ouros e seis pratas; em quinto, a França, com oito ouros e cinco pratas. O Brasil ocupa a 21ª posição, com um ouro, uma prata e quatro bronzes.

2.8.12

Mais uma medalha brasileira no judô

Foto: Ivo Gonzalez/Agência O Globo
Depois de cinco dias, o Brasil voltou a ganhar uma medalha nesta Olimpíada: Mayra Aguiar ganhou o bronze na categoria meio-pesado (até 78 quilos). Ela havia sido derrotada na semifinal pela judoca que conquistaria o ouro, a norte-americana Kayla Harrison.

Nos esportes coletivos, porém, não foi um bom dia para o Brasil: a seleção masculina de basquete, depois de duas vitórias pouco convincentes, jogou sua melhor partida nesta terceira rodada - mas, com uma cesta de três nos últimos segundos, acabou derrotada pela Rússia por 75 a 74. O vôlei masculino também sofreu sua primeira derrota: 3 a 1 para os Estados Unidos (parciais de 23/25, 27/25, 25/19 e 25/17). Além disso, Thiago Pereira foi apenas o quarto colocado nos 200 metros quatro estilos da natação.

Passado o sexto dia de competições, a China segue na liderança do quadro geral de medalhas, com 18 ouros, 11 pratas e 5 bronzes (34 no total), duas pratas à frente dos vice-líderes Estados Unidos (37 medalhas no total). A Coreia do Sul é a terceira, com sete ouros; a França é a quarta, com seis ouros; e a Grã-Bretanha está em quinto, com cinco ouros. O Brasil ocupa a 18ª colocação, com um ouro, uma prata e dois bronzes.

1.8.12

Um dia não muito positivo para o Brasil em Londres

Foto: Reuters
Não foi um bom dia para os atletas brasileiros nesta Olimpíada - exceto pelas vitórias do futebol masculino sobre a frágil Nova Zelândia por 3 a 0 (enfrentará Honduras nas quartas de final, neste sábado) e do handebol feminino sobre a Grã-Bretanha por 30 a 17 (as brasileiras já têm vaga garantida na próxima fase, faltando duas rodadas).

No judô, Tiago Camilo e Maria Portela ficaram sem medalhas. Na natação, César Cielo acabou em sexto na final dos 100 metros nado livre (pelo menos, Thiago Pereira se classificou à final dos 200 metros quatro estilos). No basquete, a seleção feminina sofreu sua terceira derrota em três jogos (67 a 61 para a Austrália). E, no vôlei, as atuais campeãs olímpicas deram vexame ao perder para a Coreia do Sul por 3 a 0 (25/23, 25/21 e 25/21) e estão a perigo no que se refere a classificação às quartas.