31.7.11

Estados Unidos conseguem a vitória no último dia




Encerrou-se neste domingo, em Xangai, na China, o 14º Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos. No último dia, os Estados Unidos conquistaram o maior número de títulos (inclusive na última prova, o revezamento 4 x 100 quatro estilos) e obtiveram o primeiro lugar na classificação geral, com 17 medalhas de ouro (32 no total), ultrapassando em títulos a dona da casa China, que ganhou 15 ouros (mesmo tendo mais medalhas no total, 36). A Rússia terminou em terceiro, com oito ouros.


Com os quatro ouros conquistados (Ana Marcela Cunha na maratona aquática de 25 quilômetros, César Cielo Filho nos 50 metros borboleta e 50 metros livre, e Felipe França nos 50 metros peito), o Brasil terminou na quarta colocação, sendo essa a melhor participação brasileira na história da competição.


No último dia de provas, foi batido o recorde mundial mais antigo da natação: o chinês Sun Yang ganhou o ouro nos 1.500 metros livre, com o tempo de 14'34"14. O recorde anterior já durava dez anos, obtido pelo australiano Grant Hackett (14'34"56), no Mundial de 2001, em Fukuoka, no Japão. O chinês terminou dez segundos à frente do segundo colocado, o canadense Ryan Cochrane. O bronze ficou com o húngaro Gergõ Kis.

30.7.11

O primeiro nadador brasileiro bicampeão mundial

Neste sábado, no Mundial de Esportes Aquáticos que está sendo disputado em Xangai, na China, César Cielo Filho mais uma vez mostrou que é o maior velocista da natação mundial na atualidade. Sem sequer dar chances a seus adversários, o nadador tornou-se bicampeão mundial nos 50 metros estilo livre (sendo o primeiro brasileiro a conseguir tal feito), confirmando o seu favoritismo, com o tempo de 21"52. A prata ficou com o italiano Luca Dotto, com 21"90, e o bronze com o francês Alain Bernard, que obteve 21"92. Outro brasileiro, Bruno Fratus (atual campeão brasileiro dos 100 metros livre e considerado a grande revelação nacional entre os velocistas na natação), terminou em quinto, com 21"96.


Com isso, o Brasil permanece na quarta colocação no quadro geral de medalhas do Mundial, com quatro medalhas - todas de ouro. A líder segue sendo a anfitriã China, com 14 ouros (35 no total), com os Estados Unidos em segundo, com um ouro a menos (26 no total), e a Rússia em terceiro, com oito ouros (17 no total).


No polo aquático masculino, a Itália conquistou o título mundial pela terceira vez em sua história (depois de 1978 e 1994) ao derrotar na final a Sérvia por 8 a 7. Na disputa do terceiro lugar, a Croácia ganhou o bronze ao vencer a Hungria por 12 a 11. As quatro seleções estão classificadas para os Jogos Olímpicos de Londres. No feminino, a Grécia foi campeã mundial pela primeira vez, ao derrotar as donas da casa chinesas por 9 a 8; a Rússia completou o pódio, com a vitória por 8 a 7 sobre a Itália. Tanto no masculino quanto no feminino, o Brasil acabou na 14ª colocação, entre 16 seleções participantes.


Foto: AFP

28.7.11

O primeiro recorde mundial sem o supermaiô

Nesta quinta-feira, em Xangai, na China, foi batido o primeiro recorde mundial na natação desde que a FINA proibiu o uso dos supertrajes de banho (que davam velocidade maior aos nadadores), no final de 2009. O norte-americano Ryan Lochte, na final dos 200 metros quatro estilos, sagrou-se bicampeão mundial da prova ao conseguir completá-la em 1'54" cravados (superando o antigo recorde, dele próprio, em 10 centésimos), apenas 16 centésimos à frente de seu compatriota, o supercampeão Michael Phelps, que ficou com a medalha de prata. O húngaro László Cseh completou o pódio, com 1'57"69. O brasileiro Thiago Pereira terminou na sexta colocação, com 1'59".


Nos 100 metros estilo livre, o australiano James Magnussen confirmou o favoritismo, ao conquistar o ouro com o tempo de 47"63. A prata ficou com o canadense Brent Hayden, com 47"95; já o bronze foi para o francês William Meynard, com 48" cravados. O brasileiro César Cielo Filho, que defendia o título e chegou a liderar na metade da prova (da qual é o atual recordista mundial), terminou na quarta colocação, com 48"01.


Foto: AFP

27.7.11

Falta um ano!

Felipe França traz mais um ouro para o Brasil

O nadador Felipe França conquistou a terceira medalha de ouro brasileira no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado em Xangai, na China. Nos 50 metros nado peito (prova do qual ele tinha sido vice-campeão em Roma, há dois anos), ele terminou na primeira colocação, com o tempo de 27"01. A prata ficou com o italiano Fabio Scozzoli, que obteve 27"17; já o bronze foi ganho pelo sul-africano Cameron van der Burgh (que defendia o título), com 27"19.


Com o resultado, o Brasil permanece na quarta colocação no quadro geral de medalhas, com três medalhas de ouro - a China lidera, com 13 ouros. A Rússia está em segundo, com sete ouros, e os Estados Unidos estão em terceiro, com cinco ouros.


Amanhã, César Cielo Filho defenderá o título dos 100 metros estilo livre. O australiano James Magnussen, o norte-americano Nathan Adrian e o francês William Meynard são considerados os seus maiores adversários na luta por um lugar no pódio.


Foto: AFP

25.7.11

A primeira volta por cima de Cielo

No Mundial de Esportes Aquáticos que está sendo disputado em Xangai, na China, César Cielo Filho começa a fazer história, mais uma vez. Nesta segunda-feira, ele conquistou a medalha de ouro nos 50 metros borboleta, com o tempo de 23"10. O pódio foi completado pelos australianos Matthew Target (prata com 23"28) e Geoff Huegill (bronze com 23"35). Com isso, Cielo se firma como o brasileiro com o maior número de medalhas de ouro em Mundiais (essa é a terceira, juntando-se às duas conquistadas em 2009).


A conquista representa a afirmação de Cielo como o maior nadador brasileiro de todos os tempos, depois de passar pelo susto de ser flagrado em um exame antidoping em maio (havia sido flagrado no exame feito durante o Troféu Maria Lenk, que deu positivo para furosemida). Advertido pela CBDA, teve essa advertência confirmada pelo Tribunal Arbitral do Esporte, não sendo suspenso.


Após as provas de segunda-feira, o Brasil ocupa a quarta colocação no quadro de medalhas, com duas de ouro (a de Cielo e a de Ana Marcela Cunha, na maratona aquática de 25 km) - a anfitriã China lidera, com onze ouros. Nos próximos dias, Cielo defenderá os títulos dos 50 e dos 100 metros livre.


Foto: AFP

24.7.11

Competindo em casa, Brasil termina em primeiro

O Brasil terminou em primeiro lugar no quadro geral de medalhas dos V Jogos Mundiais Militares, encerrados neste domingo no Rio de Janeiro. Durante esta semana de competições, o quadro foi liderado na maior parte do tempo pela China, mas várias vitórias brasileiras sobre os chineses (principalmente no vôlei e no vôlei de praia, em que os dois países se enfrentaram nas quatro finais e o Brasil venceu todas) asseguraram o primeiro lugar no quadro de medalhas, com 45 ouros, 33 pratas e 36 bronzes (114 medalhas no total). A China acabou em segundo, com 37 medalhas de ouro (99 no total), e a Itália em terceiro, com 14 ouros (51 no total).


Como dito, o Brasil mostrou grande força nos esportes coletivos, quando contou com jogadores experientes inscritos nas Forças Armadas, que dão a eles apoio e ajuda de custo, dependendo da produtividade (o que é feito também nas modalidades individuais). Dos cinco torneios em disputa (basquete masculino, futebol masculino, futebol feminino, vôlei masculino e vôlei feminino), o Brasil só não ganhou o ouro no futebol masculino - ficou com o bronze, ao derrotar o Catar por 1 a 0 na prorrogação (na final, a Argélia venceu o Egito, também por 1 a 0). No feminino, o Brasil goleou a Alemanha por 5 a 0 na decisão, tendo Kátia Cilene como destaque. No basquete, o Brasil derrotou a Grécia por 76 a 64. No vôlei, o país-sede venceu a China nas duas finais (3 a 0 no masculino e 3 a 1 no feminino).


Individualmente, os destaques foram Ana Cláudia Lemos, ouro nos 200 metros rasos do atletismo; Diogo Silva, ouro no taekwondo (até 68 quilos); e Leandro Guilheiro, medalhista olímpico em 2004 e ouro no judô (meio-pesado).


A próxima edição dos Jogos Mundiais Militares será em 2015, em Mungyeong, na Coreia do Sul.


Foto: Jorge William/Agência O Globo

23.7.11

A primeira brasileira campeã do mundo



A baiana Ana Marcela Cunha tornou-se, nesta sexta-feira, a primeira nadadora brasileira a conquistar um título mundial ao ganhar o ouro na maratona aquática de 25 quilômetros (prova não olímpica) no Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo realizado em Xangai, na China. Ela terminou a prova em 5h29'22'', apenas três segundos à frente da alemã Angela Maurer, que defendia o título e acabou em segundo lugar, e oito à frente da italiana Alice Franco, terceira colocada.


A conquista veio três dias depois de Ana Marcela perder por pouco a chance de garantir vaga nas Olimpíadas de Londres na classe 10 quilômetros, tendo terminado na 11ª colocação - as dez primeiras se classificaram, entre elas Poliana Okimoto, que terminou em sexto lugar.


Foto: Reuters

21.7.11

Boa notícia para a natação brasileira



Às vésperas do início das provas de natação do Campeonato Mundial de Esportes Aquáticos, que está sendo disputado na cidade chinesa de Xangai, uma boa notícia para a nossa natação: os nadadores César Cielo Filho, Henrique Barbosa e Nicholas Santos tiveram confirmada pelo Tribunal Arbitral do Esporte a advertência dada pela CBDA, resultada do exame antidoping que apontou resultado positivo para a substância furosemida, durante o Troféu Maria Lenk, em maio último. Apenas o nadador Vinícius Waked recebeu suspensão por um ano, por ser reincidente.


Cielo, Barbosa e Santos, com isso, poderão disputar os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara, em outubro, e as Olimpíadas de Londres, no ano que vem. Porém, apenas Cielo disputará o Mundial de Xangai, porque os outros dois nadadores não obtiveram índice para disputar a competição. Cielo defenderá os títulos mundiais dos 50 e dos 100 metros livres.


Foto: Reuters

16.7.11

Que venham os Jogos

Com uma grande festa no Engenhão, teve oficialmente seu início neste sábado a quinta edição dos Jogos Mundiais Militares, a primeira a ocorrer nas Américas. As delegações de todos os 108 países participantes desfilaram na pista de atletismo do estádio, e a pira foi acesa por Pelé, o maior atleta do século XX e campeão sul-americano militar em 1959, um ano depois de ser campeão mundial pela primeira vez.


Porém, desde o dia anterior já há competições, com a primeira rodada dos torneios de futebol. No masculino, o Brasil venceu a Argélia por 1 a 0; no feminino, as brasileiras golearam a França por 4 a 1 - os jogos foram em São Januário. Já neste domingo, começam efetivamente as provas das demais 19 modalidades.


Foto: Marcelo Carnaval/Agência O Globo

14.7.11

As casernas se movimentam



Terão início oficialmente neste sábado, com a cerimônia de abertura no Estádio Olímpico João Havelange, os quintos Jogos Mundiais Militares, a mais nova edição de uma competição poliesportiva que cresce a cada evento (um dia antes, acontecerá a primeira rodada do torneio de futebol).


A competição é organizada pelo Conselho Internacional dos Esportes Militares desde 1995 (ano do cinquentenário do fim da Segunda Guerra Mundial), quando a primeira edição foi disputada em Roma, na Itália. O evento é disputado por atletas militares de todo o planeta, e por vários outros atletas de renome que são inscritos nas Forças Armadas de seus países com a intenção de disputá-lo.


No Rio, quase 5 mil atletas de 108 países competirão por medalhas em 20 modalidades esportivas, sendo que cinco delas exclusivamente militares (orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval). As outras 15 podem ser vistas em qualquer competição paradesportiva (atletismo, basquete, boxe, esgrima, futebol, hipismo, judô, natação, pentatlo moderno, taekwondo, tiro, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia). Os organizadores cariocas, que usarão grande parte das instalações utilizadas nos Jogos Pan-Americanos de 2007, pretendem fazer com que esta competição seja o primeiro grande evento-teste para os Jogos Olímpicos de 2016.


Na mais recente edição dos Jogos Mundiais Militares, disputada em 2007 na cidade indiana de Hyderabad, a Rússia terminou na liderança do quadro de medalhas, com 42 ouros, 29 pratas e 29 bronzes (100 medalhas no total), seguido de China (38 ouros) e Alemanha (7 ouros). O Brasil ficou na 33ª colocação, com duas pratas e um bronze. Apesar disso, o país anfitrião deste ano tem a meta de terminar pelo menos entre os cinco primeiros colocados no quadro de medalhas.


As competições irão até o dia 24.

10.7.11

Fica pra próxima

Não deu. Numa final emocionante na cidade polonesa de Gdansk, o Brasil perdeu a chance de conquistar seu décimo título da Liga Mundial de Vôlei. A Rússia ganhou a competição pela segunda vez ao vencer por 3 a 2 (23/25, 27/25, 25/23, 22/25 e 15/11). Na disputa do terceiro lugar, a anfitriã Polônia venceu a Argentina por 3 a 0 (25/18, 25/23 e 25/22).


Os próximos desafios dos comandados de Bernardinho neste ano serão os Jogos Pan-Americanos, na cidade de Guadalajara, e a Copa do Mundo, no Japão - classificatória para as Olimpíadas de Londres. O Brasil defenderá o título nas duas competições.


Foto: AP

9.7.11

Mais uma vez, Brasil tem a Rússia pela frente



Pelo segundo ano consecutivo, Brasil e Rússia farão a final da Liga Mundial de Vôlei. O Brasil, que tenta seu décimo título da competição (o terceiro seguido), derrotou a Argentina na semifinal por 3 a 0. O placar sugere um jogo fácil, mas a atual boa fase do vôlei argentino desmente tal pensamento. As parciais foram equilibradíssimas (25/22, 42/40 e 25/23), o que permite imaginar que os vizinhos voltarão a dar trabalho num futuro não tão distante. Já a Rússia venceu a anfitriã Polônia por 3 a 1 (25/22, 25/23, 22/25 e 25/17).


Neste domingo, em Gdansk, brasileiros e russos farão sua quinta final da Liga Mundial. Os brasileiros estão em vantagem, com três vitórias. A primeira conquista da Liga, em 1993, foi numa final contra a Rússia: vitória por 3 a 0, em São Paulo. As demais vitórias brasileiras foram por 3 a 1: em 2007, na cidade polonesa de Katowice, e no ano passado, em Córdoba, na Argentina. E a única vez em que a Rússia ganhou a Liga Mundial, em 2002, foi exatamente numa final contra o Brasil: vitória por 3 a 1, em Belo Horizonte.

8.7.11

Brasil na semifinal da Liga Mundial

Está em disputa na Polônia a fase final da Liga Mundial de Vôlei, e o Brasil segue firme em busca do decacampeonato. Na cidade de Gdansk, os atuais tricampeões mundiais já completaram sua participação no Grupo F. Os jogos não foram nada fáceis: nas duas primeiras rodadas, o Brasil obteve difíceis vitórias, de virada, sobre Cuba, por 3 a 2 (18/25, 21/25, 25/16, 30/28 e 15/12), e Estados Unidos, por 3 a 1 (15/25, 25/22, 25/22 e 25/15) - ou seja, as reedições das últimas finais do Mundial e das Olimpíadas.


Na última rodada, o Brasil, já classificado, reeditou a final da própria Liga Mundial do ano passado, contra a também garantida Rússia (foto). Mais relaxados, os brasileiros sucumbiram ao maior volume de jogo dos russos, que venceram sem dificuldades, por 3 a 0 (25/20, 25/20 e 25/17). Com isso, a Rússia se classificou em primeiro no Grupo F, e o Brasil foi o segundo colocado.


Apesar da derrota, o Brasil garantiu a hegemonia da Liga Mundial por pelo menos mais um ano, já que a Itália, oito vezes campeã, foi eliminada pela Bulgária, ao perder por 3 a 0 (25/22, 25/22 e 25/21). Os brasileiros enfrentarão a renascida Argentina na semifinal.

7.7.11

O drama de Cielo



Na última sexta-feira, foi divulgado pela CBDA que quatro nadadores (entre eles, o campeão olímpico e recordista mundial César Cielo Filho) foram flagrados em um exame antidoping realizado durante o Troféu Maria Lenk desta temporada. Todos os quatro nadadores tiveram resultado positivo na substância Furosemida, que não é considerada doping, mas pode servir para mascarar substâncias dopantes, e a punição pode variar de uma simples advertência a uma suspensão por dois anos. A CBDA advertiu os nadadores e anulou-lhes os resultados no Maria Lenk, mas a FINA, a Federação Internacional de Natação, pretende dar uma punição maior.


Contudo, a instância máxima da natação mundial deixou o caso nas mãos da Corte Arbitral do Esporte, pedindo regime de urgência para resolver o problema a tempo da realização das Olimpíadas de Londres, que começarão daqui a um ano e 20 dias (isso depende do tempo de julgamento e do período de uma possível suspensão). No final deste mês, será disputado o Mundial de Esportes Aquáticos, em Xangai, na China, e a FINA quer que uma resposta seja dada antes disso.


Os nadadores acusados argumentam que o complemento alimentar, oriundo de uma farmácia de manipulação da cidade paulista de Santa Bárbara d'Oeste (terra natal de Cielo) que eles tomavam - e que teria originado toda a polêmica - sofreu um erro durante o processo manipulatório. Isso foi negado pela farmácia, embora ela tenha admitido a hipótese de contaminação por via aérea. Cielo conta com seu histórico de aprovações em constantes exames antidoping para construir sua defesa. Mas a FINA costuma ser implacável com a substância Furosemida: a menor suspensão dada por causa da substância foi de seis meses, mas ela costuma ser de dois anos. Se o julgamento for ágil e a suspensão menor se repetir, Cielo ficará de fora no máximo dos Jogos Pan-Americanos, que serão disputados em outubro, em Guadalajara, voltando a tempo de disputar as Olimpíadas.


Foto: Lancepress!

6.7.11

Pyeongchang 2018: Uma vitória tão incontestável quanto merecida

E, mais uma vez, a favorita ganhou. Como tinha acontecido na corrida para sediar os Jogos Olímpicos de 2016, quando o Rio de Janeiro cresceu na reta final, um país sediará pela primeira vez uma edição das Olimpíadas de Inverno. Pyeongchang, na Coreia do Sul, confirmou o seu favoritismo ganhando o direito de receber o maior evento esportivo no gelo e na neve com sobras.

Dos 95 delegados do COI que votaram em uma das candidatas, 63 deram seu voto à cidade sul-coreana, dando a ela a vitória logo na primeira rodada, por maioria absoluta - o que premia a persistência da cidade sul-coreana de cerca de 50 mil habitantes, situada na região de Gangwon, no nordeste do país, que havia perdido por pouco para Vancouver (na corrida para sediar em 2010) e Sochi (para 2014). 25 votos foram para a alemã Munique, e 7 foram para a francesa Annecy.

Os XXIII Jogos Olímpicos de Inverno serão disputados em Pyeongchang de 9 a 25 de fevereiro de 2018. Pouco depois, a mesma cidade sediará os XII Jogos Paraolímpicos de Inverno.

5.7.11

Olimpíadas de Inverno 2018: Poucas candidatas, muitas promessas

Está sendo realizada em Durban, na África do Sul, a 123ª sessão do Comitê Olímpico Internacional. Em seu encerramento, amanhã, o presidente do COI, Jacques Rogge, anunciará a cidade eleita como sede dos XXIII Jogos Olímpicos de Inverno, que serão em 2018. Diferentemente do que ocorre na sua versão mais famosa, a de verão (em que cidades do mundo inteiro costumam se acotovelar pelo simples direito de ser candidata a sede), para estas Olimpíadas de Inverno há apenas três cidades candidatas: a francesa Annecy, a alemã Munique e a sul-coreana Pyeongchang. Poucas cidades candidatas, mas muitas promessas de grandiosidade.


A candidatura mais modesta parece ser a da francesa Annecy, a menos cotada para vencer a disputa - apesar de não faltar experiência à França, que sediou três edições das Olimpíadas de Inverno (a primeira, em 1924, em Chamonix; 1968, em Grenoble; e 1992, em Albertville). Annecy, aliás, é quase vizinha a Chamonix (pouco mais de 100 quilômetros de distância), prevista para ser subsede olímpica em caso de vitória.


As duas adversárias são as grandes favoritas, e lutam, cada uma a seu modo, pelo ineditismo. Munique quer ser a primeira sede de uma Olimpíada de Verão (em 1972) a também receber os Jogos de Inverno. Assim como a candidatura francesa, a cidade da região da Baviera pretende usar como local de competição uma sede anterior, Garmisch-Partenkirchen (única cidade da Alemanha a receber o evento, em 1936, mesmo ano em que sua capital Berlim recebeu os Jogos de Verão). Os alemães contam com um elenco de grandes esportistas do passado e do presente para tentar convencer o Colégio Eleitoral do COI, para que sedie sua primeira Olimpíada após a reunificação, em 1990.


Já a cidade de Pyeongchang, na Coreia do Sul, tem a persistência (é a terceira candidatura seguida) como trunfo, além de ser mais identificada pelo gosto de novidade que tanto anda sensibilizando o COI há vários anos. No Extremo Oriente, apenas o Japão sediou Olimpíadas de Inverno (Sapporo, em 1972, e Nagano, em 1998). Ou seja, a busca por novos horizontes (algo explicitado por seu lema) norteia a candidatura - os Jogos seriam sediados em um país inédito pela segunda vez consecutiva, já que a Rússia receberá pela primeira vez em 2014, em Sochi.


Tudo leva a crer que, depois de perder por pouco duas vezes (para Vancouver e Sochi), desta vez Pyeongchang tem tudo para levar essa. O segredo, dizem, é vencer logo na primeira rodada por maioria absoluta de votos, já que são apenas três cidades candidatas. Como Annecy deverá ser a última colocada, um duelo entre Munique e Pyeongchang na rodada decisiva pode ter resultados imprevisíveis. O nível entre as duas favoritas é tão grande que, caso Pyeongchang vença para 2018, Munique largará desde já como a grande favorita para 2022.