6.4.11

Será que não dá pra trocar os dois eventos, não?


Claro que é impensável seguir ao pé da letra a proposta brincalhona do título deste texto e inverter as realizações da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. Mas não deixa de ser evidente que, mesmo tendo sido confirmado dois anos depois, o Comitê Organizador Rio 2016 anda trabalhando bem mais em conjunto com as esferas de governo do que o Comitê Organizador da Copa do Mundo de 2014, que vem recebendo críticas da FIFA pela lentidão do seu trabalho. A organização olímpica, pelo contrário, vem só ganhando elogios do COI.


Isso não vem acontecendo apenas às vistas da sociedade, com a atitude de cada comitê organizador no que se refere a fazer obras de construção de locais de prova e infraestrutura. Essa diferença existe na maior abertura dos olímpicos em relação aos mundialistas sobre a lisura do processo de financiamento e gerência de recursos. O contrato social da Copa privilegia a CBF, que fica com a maior parte dos recursos, enquanto o das Olimpíadas divide mais os custos. Assim, a garantia de que o dinheiro será mais bem utilizado é maior.


Não se sabe se a conduta do Comitê Olímpico Brasileiro é coerente com a transparência do CO-Rio 2016. Mas a do Comitê da Copa do Mundo parece seguir bem o que a CBF anda sendo nos últimos anos: paternalista, questionável e de pouca eficiência.

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