30.12.10

A visita do COI e os seus elogios ao início da caminhada carioca

Neste final de ano, executivos do Comitê Olímpico Internacional (incluindo o presidente Jacques Rogge) estão em visita ao Rio de Janeiro, para conferir os preparativos do Rio de Janeiro para sediar os Jogos Olímpicos de 2016. E as primeiras impressões sobre os preparativos cariocas são as melhores possíveis: o presidente do COI elogiou a antecedência com que a construção da Vila Olímpica está sendo tratada, ressaltando que o Brasil pode se tornar um dos países mais fortes do planeta no futuro. Mas como ressaltado, isso é apenas o começo de tudo. Há muita coisa para ser feita, principalmente em relação à infraestrutura a ser construída na cidade.

De fato, muito vem sendo feito, um ano e dois meses depois da escolha do Rio como sede. O túnel da Linha 4 do Metrô, que irá até a Barra da Tijuca (onde se concentrará a maior parte das competições), teve sua escavação completada meses antes do previsto. O logotipo oficial das Olimpíadas de 2016 será divulgado na noite de sexta-feira, último dia do ano. A Vila Olímpica começará a ser construída (inicialmente, em questões estruturais como fornecimento de água e esgoto) nos primeiros meses de 2011, com os primeiros dos 48 prédios (de 12 andares cada) sendo erguidos logo depois. O projeto geral do Parque Olímpico (que será construído no lugar do Autódromo de Jacarepaguá) será escolhido mediante concurso, coorganizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil.

Essas primeiras impressões são animadoras, mas não convém deixar a peteca cair. Há que se trabalhar com seriedade para que possamos organizar as melhores Olimpíadas de todos os tempos, daqui a pouco mais de cinco anos. É chegada a hora de mostrarmos a nossa força.

21.12.10

Murilo e Murer são os melhores do ano

Nesta segunda-feira, foi realizada no Rio mais uma edição do Prêmio Brasil Olímpico. Os dois premiados traduziram o estado de espírito do esporte brasileiro na temporada que se encerra: o trabalho duro combinado com a obtenção de resultados, ajudando a construir a história que deve ser seguida.

Entre as mulheres, a atleta do salto com vara Fabiana Murer foi a eleita, derrotando a maratonista aquática Ana Marcela Cunha e a dupla do vôlei de praia Juliana e Larissa. Murer teve em 2010 seu melhor ano, com o título mundial em pista coberta (em Doha, no Catar) e a Liga Diamante da categoria. Com isso, ela se prontifica a avançar ainda mais na modalidade. Em 2011, buscará a conquista do inédito título mundial (em Daegu, na Coreia do Sul) e do bicampeonato pan-americano (em Guadalajara, no México).

Entre os homens, Murilo Endres foi o eleito e ratificou a aparentemente interminável boa fase do vôlei nacional, superando o nadador César Cielo Filho e o judoca Leandro Guilheiro. Murilo esteve na seleção que conquistou o tricampeonato mundial (sendo, inclusive, o melhor jogador da competição) e o eneacampeonato da Liga Mundial, fazendo com que o Brasil assumisse a liderança de conquistas da competição anual. Em 2011, além da própria Liga (cujas finais serão em Gdansk, na Polônia, que sediará o Mundial de 2014), a seleção de vôlei também defenderá o título pan-americano.

19.12.10

Cielo e França se destacam no Mundial em Piscina Curta

Encerrou-se neste domingo o Mundial de Natação em Piscina Curta, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Como o previsto, César Cielo Filho mais uma vez teve um desempenho espetacular, com duas medalhas de ouro, nos 50 e nos 100 metros estilo livre. Pela primeira vez, um mesmo nadador unificou os títulos mundiais mais importantes da natação nas piscinas de 50 e de 25 metros. Nos 50 metros peito, Felipe França também ganhou o ouro.

Além dessas três medalhas douradas, o Brasil ganhou uma de prata (200 metros borboleta, com Kaio Márcio Almeida) e quatro de bronze (100 metros peito, com França; 200 metros borboleta, com Almeida; além dos revezamentos 4x100 livre e 4x100 medley), tendo seu melhor desempenho na história da competição.

29.11.10

Jogos Asiáticos consolidam o domínio chinês

Como o previsto, a China mostrou mais uma vez sua força atual no esporte. Encerrou-se neste final de semana a 16ª edição dos Jogos Asiáticos, disputada em Cantão, e o país anfitrião liderou o quadro de medalhas, com folga, desde o primeiro dia. Ao final, a China obteve 199 medalhas de ouro, 119 de prata e 98 de bronze (espantosas 416 medalhas no total). Em segundo, bem de longe, ficou a Coreia do Sul, com 76 ouros, e o Japão acabou em terceiro, com 48 ouros. O Irã acabou em quarto com 20 ouros e o Cazaquistão em quinto, com 18.

Em 2008, quando sediou os Jogos Olímpicos em Pequim, a China foi a primeira colocada no quadro de medalhas - já havia dado trabalho nos Jogos de 2004, em Atenas, quando terminou em segundo. Isso comprova o quanto o esporte chinês anda em excelente fase, e que ninguém duvide que isso vá se repetir em Londres, em 2012.

A próxima edição dos Jogos Asiáticos se realizará de 19 de setembro a 4 de outubro de 2014, em Incheon, na Coreia do Sul.

14.11.10

Fica pra próxima, mais uma vez

Não deu, de novo. A Rússia conquistou o bicampeonato mundial feminino de vôlei ao derrotar o Brasil por 3 a 2 (21/25, 25/17, 20/25, 25/14 e 15/11), em quase duas horas e meia de jogo, em Tóquio. Pela terceira vez, as brasileiras, atuais campeãs olímpicas, perderam a chance de conquistar o inédito título mundial.

As brasileiras começaram bem a partida, mas sucumbiram à técnica e ao sangue-frio das russas, que dominaram os sets que venceram, conquistando o Mundial com toda a justiça. Agora, é pensar nas competições dos próximos dois anos, como os Jogos Pan-Americanos de Guadalajara e as Olimpíadas de Londres, onde o Brasil tentará o bicampeonato. Na disputa do terceiro lugar, o anfitrião Japão derrotou os Estados Unidos por 3 a 2 (18/25, 25/23, 21/25, 25/19 e 15/8).

Em 2014, o Mundial Feminino de Vôlei será na Itália, ao passo que o Masculino (em que o Brasil tentará o tetracampeonato) será na Polônia.

13.11.10

Brasil avança em busca da revanche

Foi difícil e suado, mas o Brasil está na final (pela segunda vez consecutiva) do Mundial Feminino de Vôlei, no Japão. Enfrentando as donas da casa na semifinal, nossa seleção obteve dificuldades e errou muito no começo, mas no final prevaleceu a raça e o Brasil venceu por 3 a 2, de virada (22/25, 33/35, 25/22, 25/22 e 15/11), em pouco mais de duas horas e meia de partida. Na final, que também será disputada no ginásio Yoyogi, em Tóquio, o Brasil enfrentará novamente a Rússia, que derrotou os Estados Unidos por 3 a 1 (25/16, 13/25, 25/19 e 25/21).

Brasileiras e russas se enfrentaram na final de 2006, também no Japão, mas em Osaka. As brasileiras eram as únicas invictas (haviam vencido a própria Rússia na segunda fase) e tinham o favoritismo e a chance de se vingar da derrota na semifinal olímpica de 2004, quando teve a oportunidade de fechar a partida no quarto set, mas acabou perdendo o jogo no quinto. Mas as russas jogaram melhor e venceram por 3 a 2. Desta vez, porém, são as russas as favoritas, apesar de as brasileiras também não terem perdido nenhum jogo neste Mundial. Além disso, elas têm a vantagem de estarem menos cansadas pela semifinal. Mas as comandadas por José Roberto Guimarães prometem dar tudo de si para conquistar esse título inédito, nesta terceira final que o Brasil disputa.

12.11.10

A Ásia desafia seus campeões



Sim, as competições começaram no domingo passado, com o torneio masculino de futebol. Mas a 16ª edição dos Jogos Asiáticos começa para valer nesta sexta-feira, com a cerimônia de abertura, que será realizada na ilha de Haixinsha, em Cantão (também chamada de Guangzhou), província de Guangdong, na China. É a continuação da história de uma das mais tradicionais competições esportivas do planeta, que rivaliza com os Jogos Pan-Americanos para ser a segunda em importância, atrás apenas dos Jogos Olímpicos.

Pelo menos o ano da edição inaugural foi o mesmo de seu congênere americano: 1951, na capital indiana, Nova Délhi (que sediou também em 1982). Três cidades sediaram os Jogos Asiáticos antes de sediarem as Olimpíadas: Tóquio (em 1958), Seul (em 1986) e Pequim (em 1990). Mas a cidade que sediou mais vezes o evento foi Bangcoc, na Tailândia: quatro vezes (em 1966, 1970, 1978 e 1998), algumas vezes por desistência de outras cidades do continente.

Em 1954, na segunda edição (disputada em Manila, nas Filipinas), os Jogos Asiáticos começaram a ser disputados dois anos antes das Olimpíadas, situação que se manterá até 2014. A partir de 2019, a competição será realizada no ano anterior ao dos Jogos Olímpicos, no mesmo ano de eventos como os Jogos Pan-Americanos e os Jogos Africanos.

Nestes 59 anos de disputas, a China foi o país que mais ganhou medalhas: 991 de ouro (portanto, deverá chegar à milésima em seus domínios), 673 de prata e 472 de bronze - 2.136 no total. O Japão vem em segundo, com 862 de ouro, e a Coreia do Sul é a terceira, com 541 de ouro. No extremo oposto, vêm Butão, Maldivas e Timor Leste, que nunca conquistaram uma medalha sequer. Na mais recente edição, a de 2006 (em Doha, no Catar), os chineses terminaram em primeiro, com 166 medalhas de ouro - seguidos de longe pelos sul-coreanos, que obtiveram 58 ouros, e pelos japoneses, com 50.

Em 2010, atletas de 45 países disputarão medalhas em 42 modalidades - várias delas não olímpicas, como o caratê, o xadrez e vários esportes regionais. As competições irão até o dia 27.

11.11.10

2016, uma odisseia na Zona Oeste

A intenção do prefeito do Rio, Eduardo Paes, de levar o torneio de rúgbi de sete das Olimpíadas de 2016 (que marcará a estreia da modalidade, oriunda do rúgbi que era disputado em Olimpíadas até 1924, no programa olímpico) do Estádio de São Januário, do Clube de Regatas Vasco da Gama (no bairro de São Cristóvão, Zona Norte) para Moça Bonita (estádio do Bangu Atlético Clube, na Zona Oeste) demonstra certa agilidade da organização para driblar problemas políticos que surjam no caminho - mesmo com um suposto veto da federação que rege a modalidade em todo o mundo. Afinal, um problema que assola o tradicional clube que ia receber o rúgbi de sete é a política, o que vem de tempos desde a suspeita eleição de Eurico Miranda em 2000. Com a eleição de Roberto Dinamite em 2008, Eurico passou à presidência do Conselho Deliberativo. Há quem diga que o ex-presidente tem influência na decisão do prefeito.

De todo modo, uma mudança certamente seria benéfica para a Zona Oeste, já que (sem contar a Barra da Tijuca, que concentrará grande parte das instalações esportivas, além da Vila Olímpica) a região conta com poucos recursos - uma exceção é o Complexo de Deodoro, que também receberá competições. Isso ajuda a compensar o abandono do Complexo Esportivo Miécimo da Silva, no bairro de Campo Grande, também na Zona Oeste. O complexo (visto como um dos mais modernos do país quando inaugurado, nos anos 1990) sediou várias competições dos Jogos Pan-Americanos de 2007 e não é cogitado para utilização nas Olimpíadas.

10.11.10

Brasil segue de vento em popa

Mais uma vez, o Brasil vence no Mundial Feminino de Vôlei. No seu último jogo em Nagoia, pela segunda fase, a seleção brasileira derrotou os Estados Unidos por 3 a 1 (25/19, 24/26, 25/19 e 25/23), garantindo o primeiro lugar no Grupo F. As norte-americanas, apesar da derrota, se classificaram às semifinais graças à vitória de Cuba sobre a Itália por 3 a 2 (16/25, 26/24, 21/25, 25/23 e 24/22).

Pelo Grupo E, em Tóquio, a Rússia foi a primeira colocada depois da vitória sobre o anfitrião (e também classificado) Japão por 3 a 1 (25/21, 25/14, 23/25 e 25/13). Com isso, as semifinais do próximo sábado, também em Tóquio, serão Rússia x Estados Unidos e Brasil x Japão. Russas e brasileiras são as únicas invictas da competição, com nove vitórias em nove jogos.

9.11.10

Só faltam dois

O Brasil novamente impôs seu estilo de jogo e venceu a Alemanha por 3 a 0 (25/16, 25/13 e 25/21), classificando-se para as semifinais do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei. As brasileiras foram as primeiras do Grupo F a garantir vaga, já que a última está entre Estados Unidos (que enfrentam o Brasil na última rodada) e Itália (que enfrenta a eliminada Cuba, tendo que vencer e torcer pelo Brasil contra as norte-americanas).

No Grupo E, Rússia e Japão já estão classificados para as semifinais. O primeiro lugar será decidido na última rodada, no jogo entre as duas seleções. Embora as japonesas joguem em casa e com a torcida a seu lado, as russas (atuais campeãs mundiais) são as favoritas - juntamente com o Brasil, são as únicas invictas da competição, com oito vitórias em oito partidas.

8.11.10

A apenas uma vitória das semifinais

O Brasil vem aproveitando bem sua condição de primeira colocada em seu grupo na primeira fase do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei, que está sendo disputado no Japão. As atuais campeãs olímpicas, que lutam por um inédito título mundial, estrearam na segunda fase com uma vitória sobre a Tailândia, por 3 a 0 (25/19, 25/19 e 25/16). Na segunda rodada, o Brasil venceu a velha rival Cuba (que não vive seus melhores momentos), de virada, por 3 a 1 (23/25, 25/20, 25/13 e 25/18). Isso tudo, somado às derrotas de Alemanha e Estados Unidos (os próximos adversários do Brasil) para a Itália, faz com que a nossa seleção dependa de uma única vitória para garantir vaga nas semifinais.

A classificação deverá vir sem maiores dificuldades. Mas as semifinais podem ser a primeira grande prova de fogo, já que Rússia e Japão estão bem no campeonato, com Coreia do Sul e Sérvia ainda com chances de conseguir a vaga.

3.11.10

Brasil 100% no vôlei

O Brasil fez ótima campanha na primeira fase do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei, que está sendo disputado no Japão. Pela quarta rodada, a seleção derrotou Porto Rico por 3 a 0 (25/20, 25/18 e 25/20), numa partida em que a equipe decidiu fazer experiências, colocando várias reservas em quadra. Na última rodada, o Brasil arrasou a forte Itália, também por 3 a 0 (25/16, 25/19 e humilhantes 25/7), em pouco mais de uma hora de partida, despedindo-se de Hamamatsu. Assim como os demais primeiros colocados, o Brasil venceu todos os seus cinco jogos na primeira fase.

Agora Brasil, Holanda, Itália e República Tcheca, classificadas do Grupo B, concentram seus esforços na segunda fase, em que enfrentarão as equipes classificadas do Grupo C (Estados Unidos, Alemanha, Cuba e Tailândia), com quem formam o Grupo F, na cidade de Nagoia. No próximo sábado, o Brasil enfrenta a Tailândia; no domingo, faz o clássico contra Cuba; na terça, dia 9, enfrenta a Alemanha e, no dia seguinte, os Estados Unidos. No Grupo E, em Tóquio, os classificados do Grupo A (Japão, Sérvia, Polônia e Peru) enfrentarão os do Grupo D (Rússia, Coreia do Sul, Turquia e China). Os dois primeiros colocados de cada grupo irão às semifinais.

31.10.10

Mundial Feminino de Vôlei: Um susto e uma moleza

O Brasil segue invicto no Mundial Feminino de Vôlei, que está sendo disputado no Japão. Depois da fácil estreia contra o Quênia, as campeãs olímpicas tiveram certa dificuldade para superar a República Tcheca, mas venceram por 3 a 2 (22/25, 25/22, 23/25, 25/20 e 15/9). Neste domingo, o Brasil derrotou a Holanda por 3 a 0 (25/19, 25/18 e 25/14).

Além de Brasil e Itália, no Grupo B, estão invictas após três rodadas as seleções de Japão, Sérvia (Grupo A), Estados Unidos (Grupo C), Rússia e Coreia do Sul (Grupo D), também com três vitórias cada.

29.10.10

Uma estreia previsivelmente fácil

O Brasil estreou com vitória no Mundial Feminino de Vôlei, hoje, em Hamamatsu, no Japão. As atuais campeãs olímpicas derrotaram Quênia por 3 a 0 (25/15, 25/16 e 25/11), sem sustos. A atacante Jaqueline foi o grande destaque da partida. O próximo jogo será contra a República Tcheca, derrotada pela Holanda por 3 a 0 (26/24, 25/20 e 25/14). No outro jogo do Grupo B, a Itália venceu Porto Rico pelo mesmo placar (25/20, 25/11 e 25/18).

Pelo Grupo A, as anfitriãs japonesas sofreram para derrotar a Polônia, por 3 a 2, de virada (26/28, 21/25, 25/20, 25/23 e 15/12). Na mesma chave, Peru e Sérvia não tiveram trabalho para derrotar Argélia e Costa Rica, por 3 a 0. As grandes surpresas da primeira rodada foram as vitórias da Croácia sobre Cuba por 3 a 0 (25/23, 34/32 e 25/21), pelo Grupo C, e da Turquia sobre a China por 3 a 1 (19/25, 25/14, 25/20 e 25/17), pelo Grupo D.

28.10.10

Mais uma chance para as meninas do Brasil começa


A 16ª edição do Campeonato Mundial Feminino de Vôlei terá início nesta sexta-feira, no Japão - que sedia a competição pela quarta vez, a segunda consecutiva. A Rússia, atual campeã, é também a maior detentora de títulos, com seis conquistas (sendo que a extinta União Soviética ganhou cinco vezes, em 1952, 1956, 1960, 1970 e 1990). Cuba (1978, 1994 e 1998) e Japão (1962, 1967 e 1974) ganharam três vezes cada; a China foi campeã em 1982 e 1986 (com direito a um ouro olímpico entre essas conquistas) e a Itália ganhou em 2002. O Brasil, atual campeão olímpico, ainda não tem o Mundial na sua galeria: foi vice-campeão duas vezes, em 1994 e 2006, e tentará mais uma vez o título inédito. Não será fácil, já que duas importantes jogadoras (Mari e Paula Pequeno) estão fora por contusão.

O regulamento segue o de competições anteriores (era o mesmo do masculino até 2006): na primeira fase, 24 seleções são divididas em quatro grupos de seis cada. Os quatro primeiros de cada se classificam para a segunda fase, onde levam os pontos conquistados contra as demais equipes classificadas (os qualificados dos Grupos A e D formarão o Grupo E, ao passo que os dos Grupos B e C estarão no Grupo F). Os dois primeiros de cada grupo se classificam às semifinais.

Estes são os grupos da primeira fase:

  • Grupo A (Tóquio): Argélia, Costa Rica, Japão, Peru, Polônia e Sérvia
  • Grupo B (Hamamatsu): Brasil, Holanda, Itália, Porto Rico, Quênia e República Tcheca
  • Grupo C (Matsumoto): Alemanha, Cazaquistão, Croácia, Cuba, Estados Unidos e Tailândia
  • Grupo D (Osaka): Canadá, China, Coreia do Sul, República Dominicana, Rússia e Turquia

O Brasil estreia nesta sexta, 29, contra o Quênia. No dia seguinte, enfrenta a República Tcheca; no dia 31, pega a Holanda; no dia 2, enfrenta Porto Rico; e se despede da primeira fase contra a Itália, no dia 3.

14.10.10

Altos e baixos em terras indianas

Terminou nesta quinta-feira a 19ª edição dos Jogos da Comunidade Britânica, com a cerimônia de encerramento realizada no estádio Jawaharlal Nehru, em Nova Délhi. Como dito aqui, a organização foi marcada por vários problemas antes e durante o evento, em um país que guarda muitas semelhanças com o Brasil - o que serve de aviso para os organizadores dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

De todo modo, uma grande festa do esporte se deu em terras indianas. A Austrália, grande potência entre os países membros da Commonwealth, terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 74 medalhas de ouro, 55 de prata e 48 de bronze, 177 no total. A Índia fez uma excelente campanha em seus domínios e terminou num surpreendente segundo lugar, com 38 ouros, um a mais que a Inglaterra, terceira colocada. O Canadá acabou em quarto lugar, com 26 ouros, e a África do Sul foi a quinta, com 12.

A próxima edição dos Jogos da Comunidade Britânica será disputada de 23 de julho a 3 de agosto de 2014, em Glasgow, na Escócia.

11.10.10

Renovar certo dá resultados

O Brasil conquistou o tricampeonato mundial masculino de vôlei com a vitória por 3 a 0 (25/22, 25/14 e 25/22) sobre Cuba graças a sua capacidade de renovar certo, usando as melhores peças quando preciso. Parece meio óbvio, mas funciona perfeitamente. Dos doze jogadores que disputaram o Mundial, apenas dois (Dante e Giba) haviam competido em edições anteriores. Até mesmo Murilo, eleito o melhor jogador da competição, era novato em Mundiais.

Como dito aqui anteriormente, a política da Confederação Brasileira de Voleibol deve ser encarada como um exemplo para o esporte brasileiro. A estrutura de organização e preparação de atletas de alto nível permite a descoberta de novos talentos, que alçam o nosso vôlei a patamares nunca antes imaginados. Resultado: as expectativas quanto ao futuro são as melhores possíveis. Isso não é seguido pela Itália, uma antiga potência também tricampeã mundial seguida, por exemplo. Os italianos, com uma equipe envelhecida, dependeram do regulamento bizarro para chegar entre os quatro melhores. Quando chegou, a seleção italiana sentiu a pressão decisiva, mesmo jogando em casa. Perderam para o Brasil na semifinal e para a Sérvia na disputa do terceiro lugar, também por 3 a 1 (25/21, 25/20, 26/28 e 25/19).

Já a vice-campeã Cuba tem potencial, mas ainda é uma equipe muito jovem que sentiu a pressão da final. Chegou a cometer erros infantis, que facilitaram a tarefa brasileira. Porém, a experiência pode ajudar a promissora equipe cubana a alçar voos mais altos no futuro.

10.10.10

Mundial de Vôlei: Uma final justa

A final do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, na Itália, reúne as duas melhores seleções da competição: a melhor da primeira década do século XXI e a que volta aos bons tempos, candidatando-se a ser uma grande potência do voleibol masculino, assim como sempre foi no feminino.

O Brasil superou a força da anfitriã Itália, incluindo a pressão da torcida, e venceu com autoridade, por 3 a 1 (25/15, 25/22, 23/25 e 25/17), classificando-se para a quarta final de sua história, a terceira seguida (foi campeão em 2002 e 2006, e vice em 1982). Estar a um jogo do tricampeonato é a confirmação da força da equipe treinada por Bernardinho, que já conquistou a Liga Mundial neste ano - mostra como a renovação da equipe pode render bons frutos, dando um grande exemplo ao esporte brasileiro, tão carente de políticas esportivas que deem produtividade.

Mas o tri não será nada fácil. No caminho, estará a seleção de Cuba, que derrotou na semifinal a Sérvia, por 3 a 2 (22/25, 25/17, 31/29, 22/25 e 16/14), numa grande partida que antecedeu a vitória brasileira. Os jogadores cubanos talvez sejam os mais fortes fisicamente do voleibol mundial na atualidade. Eles vêm combinando a força física com grandes atuações (entre elas, uma vitória sobre o próprio Brasil na primeira fase), que os levaram à sua segunda final de Mundial (Cuba foi vice-campeã em 1990). Além disso, os cubanos se ressentem de não terem tanta tradição de títulos masculinos quanto têm entre as mulheres (tricampeãs mundiais, em 1978, 1994 e 1998, e olímpicas, em 1992, 1996 e 2000): eles só ganharam uma medalha olímpica (o bronze em 1976), uma Liga Mundial (1998) e uma Copa do Mundo (em 1989, enquanto elas foram tetracampeãs da mesma competição). Os homens da seleção cubana querem impor uma nova era do vôlei, começando com a conquista de um inédito título mundial. Mas terão que passar pelo Brasil.

8.10.10

O que a Índia pode ensinar ao Brasil

Seguem em andamento os XIX Jogos da Comunidade Britânica, que estão sendo disputados em Nova Délhi, na Índia. O país asiático, assim como o Brasil, é um mercado emergente que busca sua afirmação no cenário internacional, mas sofre com o desleixo e a corrupção de sua classe política. Apenas isso seria suficiente para ser encarado como um aviso aos brasileiros para que fiscalizem muito as obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Mas tem muito mais, o que chega a assustar pela semelhança com a nossa realidade.

Assim como encaramos a vitória para sediar os Jogos Olímpicos que serão daqui a seis anos, os indianos receberam a notícia de que sediariam os Jogos da Comunidade Britânica de 2010 (em novembro de 2003) com festa, mas também com muitas críticas - afinal, imaginavam que muitas obras seriam feitas com dinheiro público. Assim como o Rio tinha o prestígio dos Jogos Pan-Americanos de 2007, os indianos tiveram o sucesso da primeira edição dos Jogos Afro-Asiáticos, em Hyderabad, naquele mesmo ano de 2003 em que sua capital foi eleita, como trunfo.

Muitos dos fatos ocorridos antes e durante o evento que está sendo realizado na Índia são assustadores e muito conhecidos por nós, brasileiros: atrasos nas obras (os indianos começaram a trabalhar mais arduamente apenas no ano passado, seis anos depois da escolha), denúncias de superfaturamento, entre outros problemas. A capital indiana sofre com surtos de dengue e falta de segurança. As falhas estruturais também assustam: pouco antes do início dos Jogos, parte do teto do estádio Jawaharlal Nehru, o palco principal, desabou - o mesmo ocorreu com uma passarela que liga o estádio a um estacionamento, ferindo dezenas de operários. Além disso, a vila onde os atletas ora estão hospedados apresentava problemas menos de um mês antes do começo das competições, com sujeira por todo lado, paredes a pintar e cachorros vagando pelas ruas. Nem mesmo durante os Jogos os problemas cessam: nadadores que competiam nas piscinas (foto) do complexo de natação SP Mukherjee vêm apresentando problemas estomacais. Estima-se que a culpa seja da qualidade da água.

Muitos atletas de várias modalidades desistiram de competir por causa de tais problemas, antes de os Jogos começarem. Esperemos que os organizadores das Olimpíadas de 2016 estejam percebendo tais problemas e aprendam com os erros que estão sendo cometidos. Isso terá que servir como aviso para que nada se repita aqui no Brasil, daqui a seis anos.

7.10.10

Brasil jogará contra tudo e contra todos

Na rodada decisiva da terceira fase do Mundial Masculino de Vôlei, o Brasil se impôs e venceu sem dificuldades a Alemanha, por 3 a 0 (25/17, 25/20 e 25/19), classificando-se para as semifinais. Agora, a atual bicampeã mundial enfrentará a anfitriã Itália (que venceu Estados Unidos e França, ambos por 3 a 1) e a torcida local, ainda inconformada com a proposital derrota brasileira para a Bulgária, ainda na segunda fase. Isso tudo, somado às declarações dos brasileiros de que os italianos estão inconformados de terem perdido o domínio do vôlei mundial depois de terem sido tricampeões mundiais e temem que o Brasil empate em títulos com eles em seus domínios, faz com que o jogo deste sábado prometa ser quente, já que a rivalidade entre brasileiros e italianos é histórica no vôlei.

Um pouco antes, Sérvia e Cuba farão a outra semifinal.

5.10.10

Uma vitória para recuperar o moral

Nada como uma vitória para recuperar os ânimos, ainda que ela seja sofrida. Na abertura do Grupo R da terceira fase do Mundial Masculino de Vôlei, em Roma, o Brasil venceu a República Tcheca, força ascendente na modalidade, por 3 a 2 (25/20, 22/25, 23/25, 25/21 e 15/8), recuperando-se da derrota forçada para a Bulgária, para pegar uma chave teoricamente mais fácil na fase seguinte. Os búlgaros, aliás, venceram a Espanha pelo Grupo Q, por 3 a 1 (25/21, 27/25, 26/28 e 25/18).

Pelo Grupo O, da anfitriã Itália, os Estados Unidos venceram a França por 3 a 0 (25/16, 25/14 e 25/16). Pelo Grupo P, a Sérvia derrotou a Argentina por 3 a 1 (25/15, 21/25, 25/22 e 25/18).

4.10.10

Estados Unidos, soberanos também no feminino

E deu a lógica. Com a vitória por 89 a 69 sobre a anfitriã República Tcheca, na cidade de Karlovy Vary (a 130 quilômetros da capital Praga), os Estados Unidos se sagraram octacampeões mundiais femininos de basquete (antes, na disputa de terceiro lugar, a Espanha venceu a Bielorrússia por 77 a 68). Com isso, as norte-americanas se classificaram para as Olimpíadas de 2012 e, assim como no masculino, novamente ajudam o Brasil, já que não disputarão o Pré-Olímpico de 2011 (que ainda não tem local definido). Desta vez, porém, as brasileiras deverão encontrar mais dificuldades para se classificar, devido à má fase que vive o basquete feminino nacional, carente de renovação e de uma política própria.

3.10.10

De ética e de regulamentos

A polêmica derrota da seleção masculina de vôlei do Brasil para a Bulgária, por 3 a 0 (25/18, 25/20 e 25/20) abre uma discussão sobre as relações entre esportividade e ética. Até que ponto uma seleção joga com o regulamento no braço a ponto de ter que perder uma partida para pegar uma chave mais fácil mais à frente?

Neste ano, o regulamento do Mundial de Vôlei causa confusão, principalmente pelas constantes divisões em grupos, abrindo a possibilidade de entregar partidas para pegar grupos mais fáceis no futuro. Alguns resultados foram bem estranhos, como a vitória da Espanha sobre a Rússia, nesta segunda fase. Dizem que é para favorecer a anfitriã Itália, invicta na competição. As divisões em grupos em fases seguintes de torneios não costumam fazer muito sucesso: basta que, no futebol, as Copas do Mundo de 1974, 1978 e 1982 seguiram esse tipo de regra e também foram cercados de resultados esquisitos. O melhor seria fazer as fases eliminatórias, como em qualquer competição que se preze, para evitar esse tipo de problema.

Estes são os grupos da Terceira Fase, com o primeiro de cada se classificando para as semifinais:

  • Grupo O (Roma): Itália, Estados Unidos e França
  • Grupo P (Florença): Sérvia, Argentina e Rússia
  • Grupo Q (Florença): Espanha, Bulgária e Cuba
  • Grupo R (Roma): República Tcheca, Alemanha e Brasil

Amanhã, o Brasil enfrenta a República Tcheca. Na quarta, pega a Alemanha.

A Turquia de saias

O Mundial Feminino de Basquete confirmou o crescimento, com o apoio da torcida, de uma nova força na modalidade. A anfitriã República Tcheca, apenas em seu segundo Mundial (foi sétima colocada em 2006), está na final depois de vencer a Bielorrússia, na prorrogação, por 81 a 77 (no tempo normal, 68 a 68). Enfrentará na final (assim como a Turquia no masculino) a seleção dos Estados Unidos, que venceram a Espanha por 106 a 70.

As tchecas foram campeãs europeias em 2005, mas não passaram da segunda fase na edição do ano passado, disputada na Letônia (a França foi a campeã, derrotando a Rússia). Por isso, essa classificação foi tão surpreendente para quem costuma acompanhar o basquete feminino, começando pela vitória sobre a Austrália, atual campeã mundial, nas quartas. As norte-americanas estão invictas e são as favoritas, mas as tchecas (que perderam dois jogos no decorrer da campanha) prometem surpreender novamente.

O Brasil acabou em nono lugar ao vencer o Japão por 84 a 79. É a mais baixa colocação brasileira num Mundial desde o título de 1994.

Daqui a pouco, a polêmica derrota do Brasil no Mundial de Vôlei.

2.10.10

Os Jogos do Império em que o Sol nunca se põe



Começa neste domingo, na cidade indiana de Nova Délhi, a 19ª edição dos Jogos da Comunidade Britânica, disputados pelos países que mantêm relações comerciais e históricas com o Reino Unido. Mais de seis mil atletas de 71 nações (entre países independentes, colônias e possessões britânicas) disputarão medalhas em 17 modalidades esportivas - de olímpicas, como atletismo, natação, ginástica artística e, futuramente, o rúgbi de sete, a netbol e bocha ao ar livre (lawn bowls), os dois esportes não olímpicos do evento.

Participam os países-membros da Comunidade Britânica (o que inclui alguns que nunca foram colonizados pela Grã-Bretanha, como Chipre e Moçambique) - curiosamente, os países que formam o Reino Unido (Escócia, Inglaterra, Irlanda do Norte e País de Gales) competem separadamente, ao contrário do que ocorre nos Jogos Olímpicos. A competição marca a estreia de Ruanda, país africano que se filiou à organização no ano passado. O evento é disputado desde 1930 (a cidade canadense de Hamilton sediou a primeira edição), tornando-se uma das mais tradicionais competições esportivas do planeta. Tanto que inspirou a criação de outros eventos entre países que falam o mesmo idioma, como os Jogos da Francofonia (disputados desde 1989) e da Lusofonia (que começaram em 2006).

A mais recente edição foi em 2006, em Melbourne, na Austrália - os anfitriões terminaram em primeiro lugar, com 84 ouros, seguidos de longe pela Inglaterra, com 36, e pelo Canadá, com 26. A Índia, sede deste ano, foi a quarta colocada com 22 medalhas de ouro.

1.10.10

Dia de surpresas nas quartas de final do basquete feminino

As quartas de final do Campeonato Mundial Feminino de Basquete, na cidade tcheca de Karlovy Vary, tiveram algumas surpresas. Começaram com a vitória da Bielorrússia sobre a Rússia, vice-campeã dos três últimos Mundiais, por 70 a 53. A Austrália, atual campeã mundial, foi derrotada pela anfitriã República Tcheca por 79 a 68 (foto). Tchecas e bielorrussas se enfrentarão em uma das semifinais, amanhã.

No mais, o esperado: os Estados Unidos não tiveram dificuldades para passar pela Coreia do Sul, 106 a 44. No jogo mais emocionante desta fase, a Espanha precisou da prorrogação para vencer a França, 74 a 71 (no tempo normal, 65 a 65). Norte-americanas e espanholas se pegam na outra semifinal.

O Brasil venceu o Canadá por 64 a 58 e, também amanhã, disputa o nono lugar com o Japão, que venceu a Grécia por 63 a 59.

No Mundial Masculino de Vôlei, na Itália, o Brasil garantiu vaga na terceira fase graças à vitória por 3 a 0 (25/22, 25/18 e 25/17) da Bulgária sobre a Polônia. Amanhã, brasileiros e búlgaros decidem o primeiro lugar no Grupo N. Também garantiram vaga na próxima fase: Cuba (3 a 0 no México), Rússia (apesar da derrota de 3 a 2 para a Espanha) e França (que venceu o Japão por 3 a 0).

30.9.10

Brasil começa bem a segunda fase no vôlei

O Brasil estreou bem na segunda fase do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei, que está sendo disputado na Itália. Pelo Grupo N, em Ancona, reeditando a final do último Mundial, em 2006, a seleção bicampeã mundial e olímpica jogou com autoridade e repetiu o placar sobre a Polônia: 3 a 0, parciais de 25/16, 25/20 e 25/20. A seleção polonesa joga amanhã contra a Bulgária, e precisa da vitória para seguir com chances de classificação. No sábado, o Brasil pega os búlgaros.

Pelo Grupo H, a Sérvia venceu Cuba por 3 a 1 (16/25, 25/19, 25/22 e 25/19). Mas a grande surpresa da rodada foi a vitória de 3 a 0 (25/19, 25/22 e 25/22) da República Tcheca sobre os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, pelo Grupo L.

29.9.10

De nada valeu, então

Não adiantou a dramática vitória sobre o Japão, por 93 a 91, na prorrogação (depois de um empate em 78 a 78 no tempo normal). Na última rodada da segunda fase, novamente o Brasil não viu a cor da bola no final, perdeu para as anfitriãs tchecas por 84 a 70 e não tem mais chances de alcançar o bicampeonato mundial. Agora, o Brasil enfrenta o Canadá, no início da disputa pelo nono lugar (o vencedor enfrentará quem se der melhor entre Grécia e Japão).

As quartas de final serão na sexta-feira. Nas semifinais de sábado, o vencedor de Estados Unidos x Coreia do Sul enfrentará o vencedor de Espanha x França, enquanto o vencedor de Rússia x Bielorrússia pega o vencedor de Austrália x República Tcheca.

27.9.10

Um dia ruim para o esporte brasileiro

Esta segunda-feira não foi um bom dia para os esportes coletivos do Brasil. No Mundial de Vôlei, um dia depois de vencer a Espanha por 3 a 1 (30/28, 21/25, 25/20 e 25/19), o Brasil foi derrotado por Cuba na última rodada da primeira fase por 3 a 2 (34/32, 18/25, 23/25, 25/21 e 15/12), em mais de duas horas e meia de jogo. Com a derrota, o Brasil terminou em segundo lugar no Grupo B. Dezoito seleções se classificaram para a segunda fase, onde serão divididas em seis grupos de três (os dois primeiros de cada grupo vão à terceira fase). Os grupos da segunda fase são os seguintes:

  • Grupo G (Catânia): Itália, Porto Rico e Alemanha
  • Grupo H (Milão): Cuba, Sérvia e México
  • Grupo I (Catânia): Rússia, Egito e Espanha
  • Grupo L (Ancona): Estados Unidos, República Tcheca e Camarões
  • Grupo M (Milão): França, Argentina e Japão
  • Grupo N (Ancona): Polônia, Brasil e Bulgária

O Brasil enfrenta a Polônia nesta quinta-feira, reeditando a final do Mundial de 2006 (vencida pelo Brasil por 3 a 0), e a Bulgária no sábado. Este Grupo N é considerado o mais difícil desta segunda fase do Mundial.

Pela abertura da segunda fase do Mundial Feminino de Basquete, na República Tcheca, o Brasil segue em seu calvário: derrota para a Rússia, por 76 a 53. As russas estão garantidas nas quartas de final, assim como a Espanha, que arrasou o Japão (86 a 59). No outro jogo do Grupo F, as tchecas derrotaram a Coreia do Sul por 96 a 65. Pelo Grupo E, Estados Unidos (87 a 46 no Canadá) e Austrália (93 a 54 na Grécia), atuais campeões olímpico e mundial, respectivamente, também já estão nas quartas. No outro jogo da chave, a França venceu a Bielorrússia por 58 a 48.

25.9.10

Um dia de extremos no esporte brasileiro


O Brasil teve um sábado de vitórias e derrotas. No basquete feminino, a má fase permanece: o Brasil foi derrotado pela Espanha por 69 a 57 (no outro jogo, a Coreia do Sul teve dificuldades para passar por Máli na prorrogação: 68 a 66, depois de um empate de 62 a 62 no tempo normal). Com isso, o Brasil se classificou em terceiro no Grupo C, levando apenas dois pontos para a segunda fase, das derrotas para sul-coreanas e espanholas. No momento, o Brasil ocupa a quinta colocação no Grupo F, atrás de Espanha, Rússia, República Tcheca e Coreia do Sul, e à frente apenas do Japão. E a sequência não será nada fácil: nesta segunda, o Brasil enfrenta a Rússia; na terça, o Japão; e, na quarta, a dona da casa, República Tcheca. No Grupo E, estão colocados, pela ordem: Estados Unidos, Austrália, França, Bielorrússia, Grécia e Canadá.



Por outro lado, o vôlei masculino estreou bem na luta pelo tricampeonato mundial. No Campeonato que está sendo disputado na Itália, o Brasil estreou com vitória sem muito esforço sobre a Tunísia, por 3 sets a 0 (parciais de 25/14, 25/21 e 25/14). Neste domingo, na segunda rodada, o Brasil enfrenta a Espanha.

Vôlei do Brasil quer partir para o tri


Começa neste sábado, na Itália, a 17ª edição do Campeonato Mundial Masculino de Vôlei. 24 seleções tentarão o título em dez ginásios da Bota.

A primeira edição foi disputada em 1949, na Tchecoslováquia, com a União Soviética como campeã. Os soviéticos são os maiores campeões até hoje, com mais cinco títulos (1952, 1960, 1962, 1978 e 1982 - neste, derrotando o Brasil na final). Os países comunistas triunfaram nas dez primeiras edições do Mundial (a Tchecoslováquia foi campeã em 1956 e 1966; a Alemanha Oriental, em 1970; e a Polônia em 1974, ganhando o ouro olímpico dois anos mais tarde). Em 1986, os Estados Unidos (entre um ouro olímpico e outro) foram campeões pela única vez até hoje. A Itália foi tricampeã, em 1990, 1994 e 1998. E o Brasil ganhou em 2002 e 2006, com um ouro olímpico entre ambos.

A edição deste ano terá suas 24 seleções divididas em seis grupos de quatro equipes cada. Os três primeiros de cada grupo vão para a segunda fase, onde os 18 classificados se dividem em seis grupos de três. Os dois primeiros de cada vão para a terceira fase, onde se dividem em quatro grupos de três. Daí, o primeiro de cada se classifica para as semifinais.

Os grupos são os seguintes:

  • Grupo A (Milão): Itália, Japão, Egito e Irã
  • Grupo B (Verona): Brasil, Espanha, Cuba e Tunísia
  • Grupo C (Módena): Rússia, Porto Rico, Austrália e Camarões
  • Grupo D (Régio Calábria): Estados Unidos, Argentina, Venezuela e México
  • Grupo E (Turim): Bulgária, China, França e República Tcheca
  • Grupo F (Trieste): Sérvia, Polônia, Alemanha e Canadá

A final será em 10 de outubro, em Roma.

24.9.10

Que sufoco!



Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre a má fase da seleção feminina de basquete do Brasil, ela acabou de vez com a pavorosa atuação contra a fraquíssima seleção de Máli, hoje, pela segunda rodada do Mundial. Em condições normais, seria um jogo para o Brasil vencer por uns 20 pontos, no mínimo. Mas a nossa seleção passou longe de qualquer atuação digna de nota, chegando a ficar atrás do marcador em vários momentos da partida. No final, vitória por apenas sete pontos: 80 a 73. No outro jogo do grupo, a Espanha venceu a Coreia do Sul por 84 a 69.

Certamente o Brasil terminará em terceiro no grupo, a não ser que haja uma improvável vitória das malinesas sobre as sul-coreanas e a vaga seja decidida na cesta average. De todo modo, a Espanha é a única classificada garantida na chave (as seleções de Austrália, Bielorrússia, Canadá, Estados Unidos, França, Rússia, República Tcheca e Japão também estão na segunda fase).

Um mau começo que escancara a má fase


O Mundial Feminino de Basquete começou nesta quinta, na República Tcheca, e a estreia do Brasil não foi nada boa: derrota por 61 a 60 para a Coreia do Sul, de quem tinha perdido também na estreia nas Olimpíadas de 2008. Mais do que um insucesso, a primeira partida do Brasil evidencia a má fase do basquete feminino nacional, em contraponto à recuperação do masculino.

De acordo com Fábio Balassiano em seu Bala na Cesta, a falta de grandes jogadoras como Maria Helena (da seleção terceira colocada em 1971, que, dizem, só não disputou as Olimpíadas de 1972 porque o basquete feminino só estreou no programa olímpico em 1976), Hortência e Paula (da equipe campeã mundial em 1994 e vice-campeã olímpica em 1996) é um problema sério para a seleção atual. Não há uma política de massificação do basquete entre as mulheres no Brasil; a equipe nacional vive de ciclos como os acima mencionados. Além disso, o campeonato nacional é fraco e restrito a poucos estados (para se ter uma ideia, mais da metade dos clubes participantes é de São Paulo). Como consequência, bons resultados são apenas originados de circunstâncias ou golpes de sorte, como o bronze olímpico de 2000 e os quartos lugares nas Olimpíadas de 2004 e no Mundial de 2006 (este, em casa). Para 2012 e 2016, isso terá que ser revertido.

No outro jogo do Grupo C, a Espanha derrotou Máli por 80 a 36. Hoje o Brasil enfrenta as malinesas, e uma vitória será fundamental para a classificação à segunda fase da competição. Nos demais jogos, a Austrália, atual campeã, arrasou o Canadá (72 a 47) e a Bielorrússia venceu a China (68 a 57) pelo Grupo A; pelo B, os Estados Unidos, atuais campeões olímpicos, venceram a Grécia (99 a 73) e a França derrotou o Senegal (83 a 45); pelo Grupo D, a Rússia venceu o Japão (86 a 63) e a anfitriã República Tcheca derrotou a Argentina (67 a 53).

22.9.10

Agora, é a vez delas



Depois dos homens, agora é a vez das mulheres arremessarem bolas na cesta. Começa amanhã, na República Tcheca, o 16º Campeonato Mundial Feminino de Basquete, com 16 seleções em busca do título e da vaga imediata nas Olimpíadas de 2012.

O primeiro Mundial foi disputado em 1953, no Chile, com os Estados Unidos conquistando o título, derrotando as donas da casa na final. As norte-americanas, aliás, são as maiores campeãs da competição, com sete títulos (ganharam também em 1957, 1979, 1986, 1990, 1998 e 2002). A extinta União Soviética tem um título a menos (foi campeã em 1959, 1964, 1967, 1971, 1975 e 1983, no último ano em que o Mundial Feminino foi disputado no ano seguinte ao do Masculino; desde 1986, os dois Mundiais são disputados no mesmo ano); sua sucessora, a Rússia, foi vice nos últimos três Mundiais disputados).

Em apenas duas oportunidades, o título mundial não ficou com norte-americanas ou soviéticas. Em 1994, o Brasil conquistou o Mundial, graças a uma geração vitoriosa e inesquecível (que ganharia também a prata olímpica em 1996), com Hortência, Paula e Janeth. O título foi ganho na Austrália, com a vitória sobre a China na final, por 96 a 87. Doze anos depois, em 2006, foi a vez da retribuição: a Austrália se sagrou campeã, ao derrotar a Rússia por 91 a 74, no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo. Aquela foi a quarta vez em que o Brasil sediou o Mundial (as outras foram em 1957, 1971 e 1983).

Nesta edição de 2010, o regulamento é o mesmo dos Mundiais anteriores. Na primeira fase, 16 seleções são divididas em quatro grupos, de quatro equipes cada:

  • GRUPO A (Ostrava): Austrália, Bielorrússia, Canadá e China
  • GRUPO B (Ostrava): Estados Unidos, França, Grécia e Senegal
  • GRUPO C (Brno): Brasil, Coreia do Sul, Espanha e Máli
  • GRUPO D (Brno): Argentina, Japão, República Tcheca e Rússia

As três primeiras de cada grupo se classificam para a segunda fase, com cada uma levando para lá os pontos acumulados contra as outras seleções classificadas. Nesta segunda etapa, as equipes do Grupo A enfrentam as do B e as do Grupo C enfrentam as do D, em dois grupos de seis seleções cada. Daí, os quatro primeiros de cada grupo se classificam para as quartas de final, e assim vão em mata-mata até a final, no dia 3 de outubro, com todas as partidas decisivas em Karlovy Vary.

13.9.10

Estados Unidos, novamente soberanos

As semifinais do Mundial de Basquete começaram com uma fácil vitória dos Estados Unidos sobre a Lituânia, 89 a 74. Mas o jogo mais emocionante estaria por vir: na outra semifinal, com os últimos segundos eletrizantes, a Turquia mais uma vez levou sua torcida ao delírio ao vencer a Sérvia, por 83 a 82. Nunca os turcos tinham chegado tão longe em sua história. Chegariam mais?

Não foi desta vez. Na disputa de terceiro lugar, a Lituânia derrotou a Sérvia por 99 a 88. Já a final comprovou a força do basquete norte-americano, que volta a ser soberano ao ser campeão mundial depois de 16 anos, dois anos depois do ouro olímpico. Sem dificuldades, os Estados Unidos não se importaram com a pressão da torcida adversária e venceram a Turquia na final por 81 a 64. Com isso, os criadores do basquete conquistam o Mundial pela quarta vez, ficando a um título da líder Iugoslávia, e ainda garantindo vaga nas Olimpíadas de Londres, em 2012 (e, por tabela, ajudando o Brasil, que terá um adversário de peso a menos na luta por uma das duas vagas imediatas destinadas ao continente no Pré-Olímpico das Américas, ano que vem, em Mar del Plata, na Argentina).

9.9.10

Semifinais definidas no Mundial de Basquete

Foram disputadas hoje as últimas partidas das quartas de final do Mundial de Basquete, em Istambul, na Turquia. Os Estados Unidos derrotaram a Rússia por 89 a 79, e a Lituânia atropelou a Argentina: 104 a 85. Norte-americanos e lituanos se enfrentarão no sábado, assim como sérvios e turcos, que farão a outra semifinal.

Os Estados Unidos, que dispensam apresentações, tentam o tetracampeonato mundial - ganharam o título em 1954, 1986 e 1994. Já a Lituânia, uma das bases da antiga seleção soviética, tenta um título inédito - esta ida às semifinais já é a melhor campanha lituana num Mundial, na sua terceira participação (foi sétima nas duas anteriores, em 1998 e 2006). Os lituanos têm história no basquete: ganharam três bronzes olímpicos (1992, 1996 e 2000; em 2004 e 2008, acabaram em quarto lugar) e três títulos europeus (dois deles antes da dominação soviética, em 1937 e 1939; o outro foi em 2003).

Eliminado pela Argentina nas oitavas, resta agora ao Brasil torcer por um título dos Estados Unidos. Isso porque o título mundial garante vaga nas Olimpíadas, e a Copa América (que valerá como Pré-Olímpico) do ano que vem será em Mar del Plata, na Argentina. O campeão mundial fica dispensado de disputar seu Pré-Olímpico continental, e um adversário forte a menos será uma chance a mais de o Brasil se classificar (a última participação do basquete masculino brasileiro numa Olimpíada foi em 1996).

8.9.10

A tradição e a surpresa

Os primeiros semifinalistas do Campeonato Mundial de Basquete foram definidos nesta quarta-feira, em Istambul. Num grande jogo, a Sérvia (herdeira direta da pentacampeã mundial Iugoslávia) venceu a atual campeã Espanha por 92 a 89, e enfrentará nas semifinais a anfitriã Turquia, que levou a torcida ao delírio ao vencer sem dificuldades a Eslovênia por 95 a 68.

Esta é a primeira participação da Sérvia num Mundial como país independente, tendo se classificado para a competição como vice-campeã europeia (havia perdido a final para a própria Espanha, a quem eliminou hoje do Mundial). Por outro lado, esta é a terceira aparição da Turquia, que disputa Mundiais desde 2002, e é a primeira classificação turca para as semifinais. Um fato comprova o crescimento do basquete no país: no Europeu do ano passado, disputado na Polônia, os turcos foram eliminados nas quartas de final pela forte Grécia, perdendo por apenas dois pontos (76 a 74) e na prorrogação. O sonho turco é ganhar o Mundial em casa e classificar-se para a terceira Olimpíada de sua história (disputou o basquete olímpico em 1936 e 1952). Já os sérvios buscam seu primeiro título mundial e sua primeira classificação olímpica como nação independente (a antiga Iugoslávia ganhou o ouro em 1980).

7.9.10

Não deu. Mas estamos no caminho certo

As oitavas de final do Mundial de Basquete deram prosseguimento nesta segunda. Os Estados Unidos derrotaram facilmente a seleção de Angola por 121 a 66, e a Rússia venceu a Nova Zelândia por 78 a 56. Norte-americanos e russos se enfrentarão nas quartas de final, nesta sexta.

Nesta terça-feira, a Lituânia teve mais dificuldades que o imaginado, mas venceu a China por 78 a 67. No jogo de fundo, Argentina e Brasil fizeram o grande clássico sul-americano - um dos melhores jogos deste Mundial, diga-se. As duas seleções se alternavam na frente do placar, numa partida equilibrada o tempo todo. A Argentina venceu por 93 a 89, mas o Brasil sai do Mundial de cabeça erguida, mostrando que ainda deverá evoluir muito nos próximos anos. A próxima parada é a Copa América do ano que vem, classificatória para as Olimpíadas de Londres.

6.9.10

Primeiras quartas de final definidas

O Campeonato Mundial de Basquete, que está sendo disputado na Turquia, teve suas primeiras oitavas de final disputadas neste final de semana. Deste instante até a final, todos os jogos serão disputados no moderno Sinan Erdem Dome, em Istambul.

No sábado, dois jogos emocionantes abriram a fase eliminatória. No confronto entre duas ex-repúblicas iugoslavas, a Sérvia derrotou a Croácia por 73 a 72. Na reedição da final de 2006, a Espanha venceu mais uma vez a Grécia: 80 a 72. Sérvios e espanhóis se enfrentarão nas quartas, na quinta-feira.

Ontem, a Eslovênia não teve dificuldades para eliminar a Austrália: 87 a 58. A anfitriã Turquia derrotou a França também com certa facilidade, por 95 a 77. Turcos e franceses se enfrentarão também na quinta.

2.9.10

Uma vitória animadora e que dá esperanças



O Brasil fez sua última partida na primeira fase do Campeonato Mundial de Basquete, na Turquia, fazendo sua melhor atuação na competição até agora. Sem dar quaisquer chances de reação, a Seleção derrotou a Croácia por 92 a 74 e se classificou em terceiro lugar no Grupo B. Nas oitavas, enfrentará a Argentina (derrotada pela Sérvia por 84 a 82), que foi campeã olímpica em 2004 quando treinada pelo atual técnico do Brasil, Rubén Magnano.

A grande surpresa foi a classificação da China, mesmo tendo perdido para a Turquia por 87 a 40. Isso porque uma grande zebra favoreceu os chineses: a vitória da Costa do Marfim sobre Porto Rico, por 88 a 79. Assim, chineses, porto-riquenhos e marfinenses acabaram empatados em pontos e no confronto direto - mas a China obteve a vaga no ponto average (a divisão dos pontos marcados pelos pontos sofridos). Pelo mesmo Grupo C, a Grécia perdeu para a Rússia por 73 a 69, terminando em terceiro. Já pelo Grupo D, a Nova Zelândia derrotou a França por 82 a 70, classificando-se também em terceiro. A Espanha venceu o Canadá por 89 a 67, obtendo a segunda posição na chave e reeditando a final de 2006 contra os gregos.

Desta forma, ficaram assim as oitavas de final (o vencedor de um enfrentará o do outro jogo nas quartas):

  • 4/9: Sérvia x Croácia / Espanha x Grécia
  • 5/9: Turquia x França / Eslovênia x Austrália
  • 6/9: Estados Unidos x Angola / Rússia x Nova Zelândia
  • 7/9: Lituânia x China / Argentina x Brasil

1.9.10

Uma reação tardia

O Brasil jogou mal nesta quarta (principalmente nos três primeiros períodos) e tornou a perder no Mundial de Basquete, que está sendo disputado na Turquia: 80 a 77 para a Eslovênia, depois de ficar cerca de vinte pontos atrás no marcador em vários momentos da partida. Mesmo assim, está classificado para as oitavas de final e depende de uma simples vitória amanhã, sobre a Croácia, para garantir a terceira colocação no Grupo B e fugir de um confronto com a Argentina logo de cara.

A grande surpresa da rodada foi a eliminação da Alemanha, ao perder para Angola na prorrogação (92 a 88), em Kayseri, pelo Grupo A. Porém, os angolanos deverão enfrentar os Estados Unidos (já com a primeira colocação do Grupo B garantida, depois da vitória sobre o Irã por 88 a 51) nas oitavas. Pelo mesmo grupo, a Argentina teve mais dificuldades que o esperado para derrotar a Jordânia (88 a 79).

Quinze vagas para as oitavas já estão definidas, faltando apenas definir colocações em algumas delas (pelo Grupo A, Argentina, Sérvia, Austrália e Angola; pelo B, Estados Unidos, Eslovênia, Brasil e Croácia; pelo C, Turquia, Grécia e Rússia, faltando definir entre Porto Rico, China e Costa do Marfim; pelo D, Lituânia, França, Espanha e Nova Zelândia). Ressalte-se a irregular campanha da Espanha, atual campeã mundial e vice-campeã olímpica, com duas vitórias (incluindo a de hoje sobre o Líbano, por 91 a 57) e duas derrotas - hoje, os espanhóis enfrentariam a Grécia nas oitavas, reeditando a final de 2006.

30.8.10

Confiança, apesar da derrota

O Brasil sofreu sua primeira derrota no Mundial Masculino de Basquete. Perdeu, mas não fez feio: a derrota foi para a forte seleção dos Estados Unidos, por apenas dois pontos de diferença (70 a 68). O Brasil jogou muito bem e ficou à frente do placar durante grande parte do jogo (chegou ao intervalo vencendo por 46 a 43).

Com a vitória, a seleção norte-americana se tornou a primeira do Grupo B a garantir vaga nas oitavas - o Brasil se manteve na segunda posição pelo saldo de cestas (29 a 9 sobre a terceira colocada, a Eslovênia, que venceu a Croácia por 91 a 84). Na próxima quarta-feira, o Brasil enfrenta os eslovenos e, na quinta, os croatas - com uma confiança bem grande, a julgar pela boa atuação de hoje.

29.8.10

O Brasil cumpre sua obrigação. Agora, é pra valer

Na luta para pelo menos garantir vaga nas oitavas de final do Mundial Masculino de Basquete, que está sendo disputado na Turquia, o Brasil começou bem ao cumprir a obrigação que lhe cabia: derrotar as duas seleções mais fracas de sua chave. Depois de vencer o Irã na estreia ontem, o Brasil derrotou a Tunísia por 80 a 65, em Istambul.

Nesta segunda-feira, o Mundial começa para valer para o Brasil, visto que enfrentará seu primeiro adversário difícil: os Estados Unidos, na luta pela liderança no Grupo B. Depois, o Brasil enfrentará mais duas seleções complicadas, Eslovênia e Croácia, sonhando em vencer pelo menos uma dessas duas partidas para que pegue, no mínimo, o terceiro lugar no grupo. A colocação é importante porque, nas oitavas, as seleções do Grupo B enfrentarão as do Grupo A, que conta com Argentina, Sérvia, Austrália e Alemanha como grandes forças (os dois países restantes são Angola e Jordânia).

28.8.10

O basquete do Brasil em busca da redenção



Começou neste sábado, na Turquia, a 16ª edição do Campeonato Mundial Masculino de Basquete. É a chance que o Brasil, ganhador de dois títulos mundiais (em 1959 e 1963) e que não sobe ao pódio desde o terceiro lugar de 1978, tem para se reafirmar como uma das grandes forças mundiais da modalidade, depois de mais de uma década de ostracismo (inclusive um vexatório 17º lugar em 2006, no Japão).

O primeiro Mundial foi em 1950, na Argentina, ganho pelos donos da casa (que seriam vice-campeões em 2002, nos Estados Unidos). Os cinco primeiros Mundiais, curiosamente, foram disputados na América do Sul (incluindo dois no Brasil, em 1954 e 1963) - o primeiro fora de terras sul-americanas foi em 1970, na Iugoslávia, ganho pelo país anfitrião (com o Brasil sendo vice). Os iugoslavos, aliás, são até hoje os maiores campeões (ganharam também em 1978, 1990, 1998 e 2002, um ano antes da extinção definitiva do país). Outro país hoje extinto, a União Soviética, foi tricampeão, em 1967, 1974 e 1982 - juntamente com os Estados Unidos, campeões em 1954, 1986 e 1994. Estados Unidos e Brasil, diga-se, são os únicos países que disputaram todas as 16 edições do Mundial de Basquete. A atual campeã mundial é a Espanha, que também é vice-campeã olímpica.

O regulamento é o mesmo de 2006: 24 seleções são divididas em quatro grupos de seis cada. Eles se enfrentam dentro dos grupos, classificando-se os quatro primeiros de cada grupo para as oitavas de final. A seleção campeã (a se definir em 12 de setembro) garante vaga nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres. Os grupos são os seguintes:

  • Grupo A (Kayseri): Alemanha, Angola, Argentina, Austrália, Jordânia e Sérvia
  • Grupo B (Istambul): Brasil, Croácia, Eslovênia, Estados Unidos, Irã e Tunísia
  • Grupo C (Ancara): China, Costa do Marfim, Grécia, Rússia, Porto Rico e Turquia
  • Grupo D (Esmirna): Canadá, Espanha, França, Líbano, Lituânia e Nova Zelândia

A primeira rodada foi neste sábado. Alguns resultados foram surpreendentes, como o sufoco da Austrália para vencer a Jordânia por 76 a 75, a vitória do Líbano sobre o Canadá por 81 a 71 e a derrota da atual campeã Espanha para a França por 72 a 66. Mas alguns seguiram o previsto: Argentina 78 a 74 na Alemanha, Estados Unidos 106 a 78 na Croácia e a vitoriosa estreia do Brasil, 81 a 65 no Irã. Amanhã, o Brasil enfrenta a Tunísia, e uma nova vitória encaminha bem a equipe para as oitavas.

26.8.10

Primeira edição encerrada

A edição inaugural dos Jogos Olímpicos da Juventude se encerrou nesta quinta-feira, em Cingapura, com a cerimônia de encerramento no estádio da Baía da Marina do país. A China terminou em primeiro lugar no quadro de medalhas, com 30 de ouro, 16 de prata e 5 de bronze, 51 medalhas no total - bem à frente da Rússia, segunda colocada com 18 ouros, 43 no total. A Coreia do Sul acabou em terceiro, com 11 ouros, 19 no total. Ucrânia e Cuba obtiveram nove ouros cada, mas os ucranianos ganharam mais pratas (9 a 3). Os Estados Unidos acabaram em 13º, com quatro ouros. A Grã-Bretanha, sede das Olimpíadas de 2012, terminou em 17º, com três ouros. O Brasil foi o 21º, com duas medalhas de ouro, três de prata e uma de bronze, seis no total (sem contar a medalha conquistada como integrante de equipe continental). A anfitriã Cingapura acabou na 62ª colocação, com duas medalhas de prata e quatro de bronze.

A segunda edição dos Jogos Olímpicos da Juventude será disputada em Nanquim, na China, de 16 a 28 de agosto de 2014.

25.8.10

Um ouro histórico para o boxe brasileiro

Mais medalhas para o Brasil nos Jogos Olímpicos da Juventude, em Cingapura: no atletismo, Caio César Fernandes (campeão no salto em distância) ganhou o ouro no revezamento continental, como o representante brasileiro na equipe das Américas, juntamente com o jamaicano Odaine Skeen, o norte-americano Najee Glass e o dominicano Luguelín Santos, com o tempo de 1'51"38. A equipe europeia ficou com a prata e a da Oceania, com o bronze. No salto com vara, Thiago da Silva ganhou a prata, com a marca de 5,05 metros, empatado com o campeão, o espanhol Didac Salas, que fez a mesma marca com o menor número de tentativas. Outra prata veio no tiro, com Felipe Wu na pistola aérea 10 metros. A seleção feminina de handebol ficou com o bronze, ao derrotar o Cazaquistão por 45 a 23 - a Dinamarca ficou com o ouro ao vencer a Rússia por 28 a 26.

Mas o grande destaque brasileiro até o momento vem dos ringues: David Lourenço, campeão mundial juvenil, ganhou o ouro no boxe, categoria até 69 quilos, ao derrotar na final o uzbeque Ahmad Mamadjanov (a quem derrotara na final do Mundial, neste ano). O bronze ficou com o turcomeno Nursahat Pazziyev. É a segunda medalha olímpica, principal ou de base, do Brasil no boxe, a primeira de ouro - nas Olimpíadas de 1968, na Cidade do México, Servílio de Oliveira ganhou o bronze no peso mosca (até 51 quilos).

A cerimônia de encerramento será nesta quinta-feira.

22.8.10

Primeiras medalhas brasileiras nas Olimpíadas da Juventude

Neste domingo, o Brasil ganhou suas primeiras medalhas na história dos Jogos Olímpicos da Juventude, cuja primeira edição está sendo disputada em Cingapura. No atletismo, Caio César Fernandes (foto), treinado pelo mesmo técnico da campeã olímpica Maurren Maggi, ganhou o ouro no salto em distância, com a marca de 7,69 metros. A prata ficou com o japonês Sho Matsubara, com 7,65 metros, e o bronze com o sul-africano Rudolph Pienaar, com 7,53. No judô, Flávia Gomes ficou com a prata na categoria até 63 quilos, ao perder a final para a japonesa Miku Tashiro por ippon. O bronze ficou com a croata Barbara Matic e a lituana Laura Naginskaite.

Com essas duas medalhas, o Brasil entrou no quadro geral em 30º lugar, empatado com Etiópia e Nova Zelândia. O quadro é liderado pela China, com 24 ouros, 14 pratas e 4 bronzes, 42 medalhas no total. Em segundo, está a Rússia, com 16 ouros, 39 no total. A Coreia do Sul está em terceiro, com 9 ouros, 13 no total. A anfitriã Cingapura é a 54ª colocada, com uma medalha de prata e duas de bronze.

14.8.10

O futuro já começou

Foi realizada neste sábado, num palco montado na Baía da Marina de Cingapura, a cerimônia de abertura da primeira edição dos Jogos Olímpicos da Juventude. A festa enfatizou a cultura do país, uma cidade-estado encravada no Sudeste Asiático, e a juventude dos competidores. Os pontos altos foram os desfiles das bandeiras (não desfilaram os atletas, mas somente os porta-bandeiras) e o acendimento da pira, representada por um farol. O evento vai até o dia 26.


13.8.10

Revelando os atletas do amanhã



Começarão oficialmente neste sábado, na Cidade de Cingapura, os primeiros Jogos Olímpicos da Juventude, as "divisões de base" do Comitê Olímpico Internacional (que terão seu correspondente de inverno no começo de 2012, em Innsbruck, na Áustria). Cerca de 3.500 atletas de 14 a 18 anos, representando 204 países (o Kuwait, suspenso pelo COI por interferência do governo no Comitê Olímpico do país, terá seus atletas representados por uma delegação de atletas individuais), disputarão medalhas em 26 modalidades.

A cerimônia de abertura será realizada no moderno estádio flutuante de Marina Bay, um dos mais espetaculares do planeta, situado na costa do país. O local também sediará a cerimônia de encerramento, no dia 26. O Brasil será representado por 82 atletas, que começarão seus preparativos para as duas próximas Olimpíadas: as de 2012, em Londres e, acima de tudo, as de 2016, no Rio. O tenista Tiago Fernandes, campeão do torneio juvenil do Aberto da Austrália deste ano e treinado por Larri Passos (o mesmo de Gustavo Kuerten, tricampeão de Roland Garros), será o porta-bandeira brasileiro na cerimônia de abertura.

2.8.10

Sem cubanos, México domina Jogos Centro-Americanos e do Caribe

Sem a participação de Cuba, a grande potência da região, o México obteve a liderança no quadro de medalhas dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe, que se encerraram neste domingo, em Mayagüez, Porto Rico. Os mexicanos conquistaram 133 medalhas de ouro, 129 de prata e 122 de bronze, 384 no total. A Venezuela acabou em segundo, com 113 de ouro, e a Colômbia em terceiro, com 100. Os anfitriões porto-riquenhos foram os quartos colocados, com 48 medalhas de ouro.

A próxima edição será em 2014, na cidade mexicana de Veracruz.

26.7.10

Enfim, o Brasil assume a hegemonia na Liga Mundial

O que parecia impossível até dez anos atrás, aconteceu. Ontem à noite, ao vencer a Rússia por 3 a 1 (25/22, 25/22, 16/25 e 25/23) em Córdoba, na Argentina, o Brasil sagrou-se campeão da Liga Mundial de Vôlei pela nona vez em sua história, assumindo a liderança dos campeões da competição anual, com a Itália havia mais de duas décadas. Os italianos, com seu vôlei no auge, na época em que foram tricampeões mundiais (1990, 1994 e 1998), ganharam oito das onze primeiras edições da Liga (entre 1990 e 2000, a Itália só não foi campeã em 1993, 1996 e 1998). No primeiro ano do novo século, o Brasil tinha apenas um título conquistado, exatamente o de 1993, em São Paulo. Desde então, em dez edições, foram oito conquistas, sendo cinco seguidas, de 2003 a 2007. Curiosamente, nesse período, o Brasil só não foi campeão nas duas fases finais disputadas em casa: em 2002, em Belo Horizonte, quando perdeu a final para a própria Rússia, e em 2008, no Rio de Janeiro, quando acabou em quarto lugar.

Agora, é pensar no futuro e na renovação que está sendo feita, com brilhantismo, pelo treinador Bernardo Rezende, o Bernardinho. A geração bicampeã mundial em 2002 e 2006, campeã pan-americana em 2007 e olímpica em 2004 (além da prata de 2008) está sendo sucedida por novos jogadores, corroborando o legado da mais bem sucedida modalidade esportiva presente no país. No fim de setembro, começará o Campeonato Mundial, na Itália, em que o Brasil tentará o tricampeonato. Mas o projeto vai mais longe: para as duas próximas Olimpíadas, em 2012 (Londres) e 2016 (Rio de Janeiro). Falando a verdade, será difícil prever onde essa fase espetacular do vôlei brasileiro irá parar.

15.7.10

Os precursores dos Jogos Pan-Americanos



Começará neste sábado, na cidade porto-riquenha de Mayagüez, a 21ª edição dos Jogos Centro-Americanos e do Caribe. O evento, que congrega todos os países da América Central e do Caribe, além de Colômbia, Guiana, México, Suriname e Venezuela, começou a ser disputado em 1926, na Cidade do México, com o nome de Jogos Centro-Americanos (a competição passou a ter seu nome definitivo na sua terceira edição, em 1935, em San Salvador). Sua edição de estreia teve apenas três países (Cuba, Guatemala e o anfitrião México) competindo em nove modalidades. A competição, ao longo de suas primeiras décadas, foi o principal embrião dos Jogos Pan-Americanos, cuja primeira edição foi disputada em 1951, em Buenos Aires.

Os Jogos geralmente são disputados a cada quatro anos, com algumas exceções (1935, 1959 e 1993, além do cancelamento da edição de 1942). Neste ano, quase 5 mil atletas de 31 países (Cuba decidiu não competir) disputarão medalhas em 39 modalidades. É a terceira vez em que uma cidade de Porto Rico recebe os Jogos, depois de San Juan (1966) e Ponce (1993). Assim como a edição anterior (disputada em 2006, em Cartagena, na Colômbia), algumas provas serão disputadas fora do país-sede: Bogotá (COL) sediará as provas de esqui aquático, ginástica de trampolim, ginástica rítmica, patinação de velocidade e squash; a Cidade da Guatemala (GUA) sediará o pentatlo moderno; e Georgetown (GUY), sediará o rúgbi.

As competições terminarão em 1º de agosto.