28.9.08

Vôlei masculino: O início da renovação tropeça numa velha sina



Após o vice-campeonato olímpico em Pequim e a despedida de uma das vitoriosas gerações da história esportiva brasileira, o treinador Bernardo Rezende começou o período de renovação da seleção brasileira masculina de vôlei, visando a disputa do Mundial de 2010, na Itália, e das Olimpíadas de 2012, em Londres. O primeiro passo foi a disputa da Copa América, em Cuiabá. Para uma equipe renovada (apenas alguns jogadores que jogaram em Pequim disputaram a competição), foi uma participação honrosa. Mas o início do período de renovação tropeçou numa velha sina que incomoda o voleibol brasileiro.

A edição de Cuiabá foi a sétima da Copa América de Voleibol, que é disputada desde 1998 - a quarta realizada (terceira seguida) no Brasil, o país que mais sediou a competição. O Brasil é o maior campeão da Copa América, com três títulos conquistados. Só que nenhum deles foi em território brasileiro (1998, em Mar del Plata, Argentina; 1999, em Tampa, Estados Unidos; 2001, em Buenos Aires, Argentina). Para falar a verdade, a seleção brasileira foi vice-campeã de todas as edições da Copa América disputadas em seu próprio território (perdendo para Cuba em 2000, em São Bernardo do Campo; e para os Estados Unidos em 2005, em São Leopoldo, e em 2007, em Manaus). Neste ano, não foi diferente. Na capital matogrossense, o Brasil lutou, mas não resistiu ao maior volume de jogo e maior experiência da seleção cubana, que venceu por 3 a 2 (26/24, 19/25, 27/25, 16/25 e 15/9).

Mais uma vez, o Brasil comprova a sina de não ser campeão jogando em casa, em qualquer competição (sem contar Sul-Americanos de Seleções, nos últimos 15 anos o Brasil conseguiu conquistar apenas dois títulos oficiais em casa: a Liga Mundial de 1993, em São Paulo, e os Jogos Pan-Americanos de 2007, no Rio).

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